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São Paulo, domingo, 27 de julho de 2003

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UTILITÁRIO

Novo modelo da Toyota, de R$ 171.937, com tração 4x4 e espaço para oito passageiros, é "herdeiro" do Bandeirante

Vocação do Prado aparece mais na terra que no asfalto

JOSÉ AUGUSTO AMORIM
ENVIADO ESPECIAL A CAMPOS DO JORDÃO

Se a Toyota tivesse atualizado o lendário Bandeirante, ele seria como o Land Cruiser Prado. Importado do Japão, o novo modelo chega com a missão de substituir o SW4 e manter a tradição de fora-de-estrada da montadora.
Rodar com esse jipão de mais de duas toneladas deixa claro que sua vocação rural é maior. Na cidade, além dos 131 cv (cavalos) de potência parecerem não ser suficientes para tanto peso, o modelo apresenta uma das maiores críticas aos utilitários esportivos: a falta de estabilidade em curvas.
Além disso, a suspensão não é das mais confortáveis. Os oito passageiros -há bancos extras no porta-malas para três crianças- sofrem com as irregularidades do solo, mas bem menos do que acontecia com o SW4. A sorte é que o motor diesel é silencioso.
Basta um pouco de terra para deixar o Prado feliz. A tração permanente nas quatro rodas, com opção de reduzida e bloqueio do diferencial, é ajudada pelos bons ângulos de entrada e saída: 32 e 27, respectivamente. Segundo a Toyota, o modelo tem capacidade para passar por trechos alagados com até 70 cm de profundidade.
A transmissão automática permite sair em segunda marcha, o que é bem útil quando o Prado está na areia ou na lama. O torque (força) de 35 kgfm, disponível a apenas 2.000 rpm, também facilita transpor obstáculos -no asfalto, dá força para subir ladeiras ou andar quando o farol abre.

Bússola
O Land Cruiser Prado passou por um banho de loja se comparado ao SW4. No painel, detalhes de aço e madeira. Há bússola digital, ar-condicionado também digital e com ajuste para motorista e passageiro, altímetro e barômetro.
Também traz os equipamentos "básicos" de um carro que custa R$ 169.047 (com câmbio manual; R$ 171.937 com automático): trio elétrico, toca-CDs para seis discos e controle de velocidade.
Para segurança, conta com airbag (bolsa de ar que infla em batidas) duplo de dois estágios, freios com ABS (antitravamento), EBD (distribuição eletrônica da força de frenagem) e BA, que detecta uma frenagem de emergência e aplica força máxima nos freios.
É mais barato que o Mitsubishi Pajero Full, de R$ 178.650. Mas esse concorrente tem motor 3.2 de 165 cavalos e câmbio automático de cinco velocidades.


José Augusto Amorim viajou a convite da Toyota do Brasil


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