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Venda de carros de luxo dobra no primeiro bimestre deste ano
Emplacamentos no país crescem em relação ao mesmo período de 2009
RICARDO RIBEIRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Empresários com mais de 40
anos que têm três carros na garagem. Esse é o perfil dos compradores de carros de luxo, segmento que cresce no Brasil.
Segundo a Abeiva (associação de importadoras), no primeiro bimestre deste ano foram vendidos 269 carros que
custam acima de R$ 400 mil -
o dobro do registrado no mesmo período de 2009.
"É um consumidor que compra o carro por emoção, para
usar pouco e exclusivamente
para o lazer", afirma Hideke
Oshiro, diretor-executivo da
importadora Platinuss, que
vendeu há duas semanas o esportivo Zonda F, da Pagani.
O carro estava na vitrine há
dois anos por R$ 4 milhões e foi
comprado por um empresário
de São Paulo que exigiu ter o
nome mantido em sigilo.
"Isso é comum, e as lojas
cumprem a vontade do proprietário. É como quem ganha
na loteria e não quer se expor."
O valor também não foi confirmado, mas, segundo a loja,
foi próximo do preço sugerido.
Fabricado na Itália, o Zonda
F vem de uma linha exclusiva
de carros de luxo, que produz
no máximo 25 unidades por
ano. Seu motor é um AMG 7.3
V12 de 659 cv, que, segundo a
marca, leva o carro de
0 a 100 km/h em 3,5s.
A Platinuss importará outro
Pagani, o Zonda R, para o Salão
de São Paulo, em outubro. Com
91 cv a mais e carroceria de alumínio, é 0,3s mais rápido.
Antes, em julho, trará o Koenigsegg CCXR, em versão exclusiva "flex" por R$ 6 milhões.
O esportivo da marca sueca
apareceu no Salão de Genebra,
neste mês. O motor 4.8 V8 entrega 1.100 cv para levar o bólido a 100 km/h em apenas 2,9s,
com máxima de 415 km/h, de
acordo com a fabricante.
Crescimento
A loja também vendeu o
Spyker C8 (R$ 1,25 milhão) testado pela Folha no ano passado. Outra versão do esportivo
holandês chegará até julho.
"Há uma demanda reprimida no mercado brasileiro. Com
a entrada de mais marcas, a
tendência é de crescimento,
pois as pessoas ficam mais à
vontade", avalia Oshiro.
Tradicionais marcas de luxo
inglesas -como a Aston Martin e, mais recentemente, a
Bentley- abriram lojas em São
Paulo. O grupo Via Itália, que
representa as italianas Ferrari,
Maserati e Lamborghini, espera alta de 25% nas vendas.
Em 2009 foram vendidas 21
Ferrari, com preço médio de
R$ 2 milhões. Já a Porsche prepara quatro lançamentos, entre eles o Boxster Spyder e a segunda geração do Cayenne S,
no fim do ano.
"Fechamos 2009 com 533
unidades vendidas, colocando
o Brasil como maior importador de Porsche da América Latina. Com novos produtos, esperamos crescer 15% neste
ano", diz Marcel Visconde, presidente da Stuttgart Sportcar,
importadora oficial da marca.
35 Porsche Panamera foram vendidos
em janeiro e fevereiro deste ano; modelo
varia de R$ 549 mil (S) a R$ 749 mil (Turbo)
30 emplacamentos por mês é a média do utilitário
esportivo Porsche Cayenne, o mais vendido entre
os modelos acima de R$ 400 mil das associadas da Abeiva
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