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Após um ano, Mille é o mais barato
Levantamento dos gastos para manter veículo no 1º ano revela que Mille é o mais barato
JOSÉ AUGUSTO AMORIM
EDITOR-ASSISTENTE DE VEÍCULOS
MARLENE PERET
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O Fiat Mille, o veículo mais
barato do Brasil, custa R$
28.203,46. Esse valor foi calculado pela Folha com base na tabela de preços sugeridos pelas
montadoras, considerando os
gastos do primeiro ano de uso,
como seguro, consumo de
combustível e revisão.
Passados 12 meses, o consumidor gasta R$ 7.293,46 com
um Mille, contra R$ 9.011,08
que exige um Volkswagen Gol.
Proporcionalmente, no entanto, o menor aumento é o do
Volkswagen Fox, cujo gasto faz
o real valor do veículo zero-quilômetro ser 24% maior.
O maior aumento, de 36%, é
o do Gol, seguido pelo Mille e
pelo Ford Ka. O Chevrolet Celta tem a menor diferença em
dinheiro. Assim, ele fica mais
barato que o Ka, dono do segundo melhor preço de tabela.
O Fiat fica na ponta dos mais
econômicos -os gastos desde a
compra até o primeiro "aniversário" são R$ 2.049,37 menores
que os do segundo colocado, o
Celta. Na outra extremidade,
aparecem o Ford Fiesta (R$
36.937,16) e o Chevrolet Corsa
(R$ 36.966,20).
É claro que o preço de tabela
interfere no resultado -ele é a
base de outro fator ponderado,
o IPVA. Mas o seguro do Mille é
mais caro que os do Renault
Clio, do Fox, do Celta, do Fiesta
e do Corsa. Pela primeira revisão, a Fiat cobra R$ 27 a mais
do que a Renault.
Ainda que seja um carro econômico, com média de 13,2
km/l na cidade, o Mille gera um
gasto com combustível maior
que o do Gol -em geral, um
carro roda 15 mil quilômetros
por ano. Como foram consideradas as versões mais baratas,
os cálculos levaram em conta o
Mille a gasolina, enquanto cinco concorrentes podem usar
álcool, que, hoje em dia, é mais
vantajoso financeiramente.
Os números revelam também que o seguro é a maior
fonte de gastos do motorista,
representando 11% do que é
necessário pagar após a compra. O consumo fica em segundo lugar, com 7%. As despesas
com o registro, a taxa de lacração e o seguro obrigatório, que
somam 0,9%, independem do
veículo. A primeira revisão é o
item mais barato no ano inicial.
Para essas conclusões, a Folha pesquisou os "populares"
do mercado -ficaram de fora
os sedãs, como o Fiat Siena, e as
versões com carroceria antiga,
caso do Ford Fiesta Street.
Foram analisados o seguro
obrigatório, o IPVA (Imposto
sobre a Propriedade de Veículos Automotores), o seguro, as
taxas de registro e de lacração,
o consumo e a primeira revisão
de nove modelos "populares".
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