São Paulo, domingo, 28 de maio de 2006

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Após um ano, Mille é o mais barato

Levantamento dos gastos para manter veículo no 1º ano revela que Mille é o mais barato

JOSÉ AUGUSTO AMORIM
EDITOR-ASSISTENTE DE VEÍCULOS

MARLENE PERET
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O Fiat Mille, o veículo mais barato do Brasil, custa R$ 28.203,46. Esse valor foi calculado pela Folha com base na tabela de preços sugeridos pelas montadoras, considerando os gastos do primeiro ano de uso, como seguro, consumo de combustível e revisão.
Passados 12 meses, o consumidor gasta R$ 7.293,46 com um Mille, contra R$ 9.011,08 que exige um Volkswagen Gol. Proporcionalmente, no entanto, o menor aumento é o do Volkswagen Fox, cujo gasto faz o real valor do veículo zero-quilômetro ser 24% maior.
O maior aumento, de 36%, é o do Gol, seguido pelo Mille e pelo Ford Ka. O Chevrolet Celta tem a menor diferença em dinheiro. Assim, ele fica mais barato que o Ka, dono do segundo melhor preço de tabela.
O Fiat fica na ponta dos mais econômicos -os gastos desde a compra até o primeiro "aniversário" são R$ 2.049,37 menores que os do segundo colocado, o Celta. Na outra extremidade, aparecem o Ford Fiesta (R$ 36.937,16) e o Chevrolet Corsa (R$ 36.966,20).
É claro que o preço de tabela interfere no resultado -ele é a base de outro fator ponderado, o IPVA. Mas o seguro do Mille é mais caro que os do Renault Clio, do Fox, do Celta, do Fiesta e do Corsa. Pela primeira revisão, a Fiat cobra R$ 27 a mais do que a Renault.
Ainda que seja um carro econômico, com média de 13,2 km/l na cidade, o Mille gera um gasto com combustível maior que o do Gol -em geral, um carro roda 15 mil quilômetros por ano. Como foram consideradas as versões mais baratas, os cálculos levaram em conta o Mille a gasolina, enquanto cinco concorrentes podem usar álcool, que, hoje em dia, é mais vantajoso financeiramente.
Os números revelam também que o seguro é a maior fonte de gastos do motorista, representando 11% do que é necessário pagar após a compra. O consumo fica em segundo lugar, com 7%. As despesas com o registro, a taxa de lacração e o seguro obrigatório, que somam 0,9%, independem do veículo. A primeira revisão é o item mais barato no ano inicial.
Para essas conclusões, a Folha pesquisou os "populares" do mercado -ficaram de fora os sedãs, como o Fiat Siena, e as versões com carroceria antiga, caso do Ford Fiesta Street.
Foram analisados o seguro obrigatório, o IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores), o seguro, as taxas de registro e de lacração, o consumo e a primeira revisão de nove modelos "populares".


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