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SEGURO
Mulher paga conta até 73% mais baixa que homem
Dos 18 aos 25 anos, motorista gasta o dobro que aos 55
RENATA DE GÁSPARI VALDEJÃO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Levantamento feito pela Folha com as maiores seguradoras do país revelou que a variação de preço no seguro para o
motorista de 18 anos vai de 65%
(Celta) a 104% (Fox), no caso
dos cinco 1.0 mais vendidos no
país. Se considerados os nove
"populares" pesquisados, a diferença chega a 140% (Ka).
Em São Paulo, uma infinidade de detalhes influencia esse
valor. A fórmula relaciona a freqüência de sinistros (ocorrências que implicam gastos para a
seguradora) ao perfil do cliente.
Resultado: há mais de 200 mil
possibilidades de preço.
"O motorista mais novo é
inexperiente, envolve-se mais
em acidentes. O [seguro] para
quem tem 18 anos é o mais caro", diz Anderson Mello, diretor da área automotiva da SulAmérica Seguros. O prêmio (valor pago pelo seguro) diminui
com o avanço da idade. Dos 18
aos 55 anos, a diferença pode
chegar a 100%.
O CEP do motorista também
conta muito. "Se morar na zona
leste [de São Paulo], vai pagar
mais caro. Se for morador dos
Jardins [oeste], o seguro tende
a baratear. A variação pode ultrapassar 50%", avisa Mello.
Juliana Nery, 28, conta que,
quando se mudou dos Jardins
para o Brooklin, seu seguro subiu R$ 200 na renovação.
"Quando informei sobre a mudança, a corretora falou que ia
rever o contrato. Pensei que ganharia desconto, mas ela disse
que, no Brooklin, o índice de
criminalidade é maior", conta.
Descontos
A boa notícia é que há maneiras de obter descontos. Instalar
dispositivos de segurança, como travas ou rastreadores, rende de 5% a 25% de redução (dependendo do equipamento);
gravar o número do chassi em
várias peças do carro, de 5% a
7%. O abatimento total chega a
30% com fatores como casar-se, ter filhos (até 14 anos) e ter
onde guardar o carro em casa,
no trabalho e na faculdade.
Ser mulher também ajuda.
Consideradas mais cuidadosas,
elas têm preços até 73% mais
baixos. Na Brasilveículos, por
exemplo, as indenizações integrais por colisão são 114% menos freqüentes entre mulheres
de 18 a 25 anos do que entre os
homens da mesma faixa etária.
Analisando só acidentes com
perdas parciais, a diferença cai
para 13%. Acima dos 40 anos, a
disparidade geral entre os sexos diminui, estabilizando-se
nos 13%, ainda a favor delas.
Carros mais novos pagam
proporcionalmente menos por
ser menor a chance de perda
total em acidentes, segundo
Leoncio de Arruda, presidente
do Sincor-SP (Sindicato Profissional de Corretores de Seguros do Estado de São Paulo).
"Em pequenos impactos, veículos modernos têm danabilidade menor que os mais antigos", diz Sergio Ricardo Fabiano, do Cesvi (Centro de Experimentação e Segurança Viária).
Com tantas variáveis, pode
ser mais fácil ter um corretor
para cuidar da transação. Sincor e Susep (Superintendência
de Seguros Privados) atestam
se o profissional é credenciado.
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