São Paulo, domingo, 28 de outubro de 2007

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Só faltam falar

Kim Kyung-Hoon/Reuters
'BRINQUEDINHO' Tão leve e pequena, a Yamaha Bobby pode ser dobrada e levada para dentro do escritório; com um motor elétrico, não faz fumaça nem polui e ainda pode ser ligada a um celular da Sony

40º Salão de Tóquio apresenta carros que até mudam de cor com o humor do motorista

JOSÉ AUGUSTO AMORIM
ENVIADO ESPECIAL A MAKUHARI

Quem entrar no Makuhari Messe até o dia 11 de novembro irá se sentir transportado para dentro de um mangá.
As principais atrações do 40º Salão de Tóquio são pequenas -para caberem na maior cidade do mundo-, pouco coloridas -para quebrarem sua monotonia cinza- e tecnológicas -como não poderia deixar de ser num país que se tornou potência em menos de um século.
Lá, é duro crer que um carro que muda de cor conforme o humor da pessoa esteja fora de uma história em quadrinho.
A Toyota diz que o RiN se preocupa com o bem-estar do motorista, com bancos que mantêm a postura e volante que mede o estado psicológico, alterando a cor do painel.
Criado para ser um animal de estimação, o Honda Puyo -onomatopéia japonesa para exprimir a sensação de tocar uma superfície macia- também muda de tom.
O objetivo aqui é avisar os outros motoristas das condições do veículo, aproximando as pessoas dos próprios carros.
O Suzuki Pixy pode manter a cor, mas parece uma nave espacial que se acopla à mãe. Há dois módulos de transporte individual, ideais para pequenas distâncias, e uma caixa, o Sharing Coach, que os leva em percursos maiores. É como se a Mônica estivesse em sua "cadeira", a Magali na dela, e ambas saíssem do condomínio para ir lanchar num McDonald's.

Na tomada
Algo que parece ficção, mas está se aproximando da realidade, são os carros que podem ser carregados na tomada, o que a humanidade já se acostumou a fazer com os celulares.
O Mitsubishi i-MiEV Sport tem uma autonomia de 200 km, mas é preciso deixá-lo na tomada por até 17 horas, dependendo da voltagem.
O plugue sai ao lado da placa, e a fábrica já estuda um sistema sem fio para o abastecimento por microondas.
A Volkswagen, após apresentar há um mês o up! no Salão de Frankfurt, reservou ao Japão o space up!. Desenhado para a Ásia e com motor elétrico, tem espaço para carga na frente e atrás -o Fusca serviu, sim, de fonte de inspiração para os novos compactos da VW, que vão ganhar as ruas em breve.
E, se tudo isso ainda está no papel -seja num mangá, seja na prancheta de um designer-, o Daihatsu Tanto prova que o futuro é real. Ao comemorar seu aniversário de cem anos, a fábrica anuncia as vendas para dezembro. O desenho quadrado, os 3,40 m de comprimento e a ausência de coluna entre as portas convivem com um motor de 660 cm3 de cilindrada.
Pouco? Não, apenas o suficiente num mundo em que quem tem pressa passa por uma cabine telefônica, troca de roupa e sai de lá voando.


JOSÉ AUGUSTO AMORIM viajou a convite da Toyota do Brasil

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