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SEDÃS
Toyota é menos potente, mas tem desempenho superior ao do Chevrolet, é mais em conta e oferece equipamentos extras
Menor, Camry cresce no duelo com Omega
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Eles são luxuosos, oferecem bom desempenho, têm um
preço até baixo para a categoria e estão longe de ostentar opulência. Toyota Camry e
Chevrolet Omega são boas opções
para quem procura um sedã espaçoso e cheio de equipamentos.
O Camry mostra a razão de ser o
mais vendido, nos Estados Unidos, em seis dos últimos sete anos.
A cilindrada, a potência e o torque
maiores do Omega não foram suficientes para torná-lo mais rápido que o concorrente japonês. Segundo o teste Folha-Mauá, o
Camry alcança 100 km/h em
9,66s, 0,33s antes que o Omega.
O Camry também é mais ágil.
Ele ganhou seis das nove provas
de retomada. Mesmo assim, a diferença foi pequena. Enquanto o
Omega precisa de 5,35s para ir de
40 a 80 km/h, o modelo da Toyota
leva 5,53s. Em compensação, o
Camry é mais de 1s mais rápido
quando a retomada é de 80 a
140 km/h: 12,45s contra 13,75s.
Usar o mesmo sistema de freios
significa um certo equilíbrio nas
frenagens -mais uma vez, o
Omega leva desvantagem por ser
mais pesado. O Camry precisa de
1,9 m a mais para estacionar
quando vem de 80 km/h. Em
compensação, pára 5,7 m antes
quando está a 100 km/h.
Por falar em frenagem, a adaptação do Omega não foi 100%. A
alavanca do freio de mão fica ao
lado do banco do passageiro -na
Austrália, ele se senta à esquerda.
Custo-benefício
A Toyota cobra menos e oferece
alguns itens exclusivos. Por
R$ 135.610, o Camry conta com
airbag tipo cortina, teto solar, sensor de chuva e sistema eletrônico
de recolhimento dos retrovisores.
O Omega, de R$ 138.134, traz sensor de obstáculos traseiros. Nenhum dos dois tem faróis de xenônio, o que ajuda na linha do
"não chamo a atenção".
Manobrar o Camry é mais fácil.
Além de ser quase 15 cm mais curto, a direção do Omega -cujo volante incorpora os controles do
rádio- é mais pesada. No Toyota, são os botões do computador
de bordo que ficam no volante.
Ter um entreeixos sete centímetros menor não implica falta de
conforto no sedã oriental.
Apesar disso tudo, o brasileiro
prefere o Omega. Em 2003, a General Motors foi surpreendida: esperava vender 400 unidades, mas
emplacou 657 carros. O Camry,
apresentado oficialmente no Salão de São Paulo de 2002, teve apenas 96 unidades comercializadas.
(JOSÉ AUGUSTO AMORIM)
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