UOL


São Paulo, domingo, 29 de junho de 2003

Próximo Texto | Índice

ESPORTIVOS

Avaliados em um percurso entre SP e Brasília, carros da marca italiana rodam melhor na cidade que os da Ferrari

Maserati rima conforto com desempenho

Fotos Divulgação
 

Maserati Spyder e Coupé (acima) participam do Maserati Tour, que saiu de São Paulo, foi até Salvador pelo interior do país e voltou à capital paulista pelo litoral


JOSÉ AUGUSTO AMORIM
ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA

"Que carro é esse?" "É Ferrari?" "É americano?" "Quanto custa?" Essas perguntas revelam que a italiana Maserati ainda é uma marca desconhecida no Brasil. Nos cinco anos em que a Via Europa importa os carros do tridente -sua logomarca-, foram vendidas apenas 74 unidades no país.
Todo o questionamento acima foi feito durante viagem entre São Paulo e Brasília, parte do trajeto do Maserati Tour Brasil.
No percurso de pouco mais de 1.200 quilômetros, os modelos Coupé e Spyder mostraram que sua esportividade não acabou com o conforto. Usar qualquer um dos dois na cidade não é problema -diferentemente do que acontece com um Ferrari, por exemplo. Aliás, em 1997 a Ferrari comprou 50% da Maserati.
Além disso, são bem mais baratos. O cupê custa US$ 195 mil (aproximadamente R$ 565,5 mil), e o conversível sai por US$ 212 mil (R$ 614,8 mil). O modelo mais "acessível" da Ferrari é o 360 Modena, de US$ 330 mil (R$ 957 mil).
Internamente, reina a sofisticação. Até o painel é revestido de couro -as costuras dão um toque especial aos veículos.
No Spyder, a capota recolhida não elimina o porta-malas, mas não há espaço para passageiros traseiros. Nos dois casos, o espaço para bagagem não é dos maiores -no material de divulgação, a Maserati diz que são suficientes para levar duas sacolas de golfe.
Se o motorista não obedecer aos limites de velocidade, pode culpar o motor V8 (oito cilindros em "V"). São 390 cv (cavalos) de potência e 46 kgfm de torque (força). Além disso, na posição onde normalmente os velocímetros marcam 100 km/h, os dos Maserati registram 160 km/h.
Todos os comandos ficam à mão -em especial os do câmbio, que, como nos carros de Fórmula 1, permite trocas manuais por borboletas atrás do volante. Basta apertar o botão "Auto" no console para passar uma das seis marchas automaticamente. Uma pequena alavanca engata a ré.
O revestimento acústico é eficiente. Mantém um certo silêncio no interior, mas permite que um delicioso ronco lembre o motorista de que se trata de um esportivo. Não há um cavalo estampado no capô, mas o tridente é suficiente.

José Augusto Amorim viajou a convite da Maserati


Próximo Texto: Ficha técnica
Índice

UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.