São Paulo, domingo, 31 de dezembro de 2006

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Evoluído, S4 brinca de ser Fórmula 1

Com 344 cv, 118 cv a mais que em 94, sedã é repleto de itens esportivos e vai a 100 km/h em 6,9s

DA REPORTAGEM LOCAL

No Salão de São Paulo de 1992, a Volkswagen -controladora da Audi- trouxe um modelo 80 para testar o mercado. Na época, o sedã, para o senso comum, não passava de um "Santanão tunado".
Isso até a chegada do esportivo S4 pelas mãos de Ayrton Senna. Então importador oficial da marca, o tricampeão de F-1 imortalizou o modelo após umas voltas no circuito de Interlagos, com direito a simulação da rodada que deu com seu Williams no GP Brasil de 1994.
Agora, 12 anos depois, Senna não teria a mesma facilidade para tirar o novo S4 da trajetória. Do primeiro modelo só restaram o logotipo S4 na grade e no volante e a tração integral Quattro. Tudo está melhor, a começar pelo motor 4.2 V8 (oito cilindros em "V").
São 344 cv (cavalos), enquanto o anterior 2.2 turbinado gerava 226 cv. Ainda que a outra geração tivesse um sistema que, por alguns segundos, elevava a pressão da turbina para ajudar em ultrapassagens, a nova tem mais disposição em todas as rotações do motor. Os oito cilindros trabalham em perfeita sintonia com o câmbio automático de seis marchas, que ainda traz a opção de troca por borboletas atrás do volante.
É verdade que as trocas manuais não são tão rápidas quanto o motor merecia, mas servem para simular o bólido de Rubens Barrichello, que dizem ser mais dócil que os demais.
O espírito de competição é realçado por bancos de couro da Recaro, suspensões 30 mm mais baixas que as originais e pneus 235/40 em rodas aro 18.

Multas
Além de contribuir para a estética, o pacote esportivo ajuda também a enriquecer os cofres públicos. Sim, o S4 "implora" por multas gravíssimas.
Segundo a Audi, o sedã de 1.705 kg tem velocidade máxima limitada a 250 km/h e atinge os 100 km/h em 5,8s. No teste Folha-Mauá, ele precisou de 6,93s na mesma prova.
Melhor que acelerar o S4 é freá-lo. Em pisos molhados, o ESP (controle de estabilidade) aciona suavemente os freios sem que o motorista perceba, mantendo os discos secos.
Mas a tecnologia tem seu preço: R$ 400 mil, pouco mais que o dobro do recém-lançado A4 2.0T (R$ 194.950). E o mais barato traz sensor de estacionamento e controle de som no volante, itens ausentes na versão esportiva. (FABIANO SEVERO)


O carro foi cedido para teste pela montadora

INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA


www.maua.br
0/xx/11/4239-3092



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