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Crítica de loja
DECORAÇÃO E DIVERSÃO
Que tal um tapete em forma de bueiro ou um saleiro que anda?
As pragas da hora também estão lá: adesivos de parede e aqueles vasos de plástico mole
TETÉ MARTINHO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A Camelô fica na Manoel
Guedes, uma rua estreita por
onde muita gente passa, normalmente para fugir do bairro
do Itaim. E eis uma loja que
sabe tirar partido de sua localização estratégica.
Não há dia em que a vitrine,
debruçada sobre a rua, não
atraia com um arranjo novo e
intrigante de itens cheios de
cor e personalidade: um regador de plástico rosa de forma
abusada, sacolas de ráfia de ar
exótico, flores de tecido agigantadas. Com o tempo, seduz até aqueles que, diferentemente de mim, precisam de
um argumento inelutável para entrar.
De perto, não é que a loja
cumpra todas as suas promessas. Mas que vale o esforço de
achar uma vaga mais ou menos perto, vale.
Dispostos de um jeito charmoso, algo caótico, os produtos somam o lugar-comum
(como canecas decoradas
com dizeres supostamente
espirituosos) a achados bons
de fato. Noves fora, desponta
como alternativa local ao circuito, meio "cartas marcadas", do presente "descolado".
As pragas da hora decerto
estão lá: adesivos de parede,
chaveiros de feltro e a linha
completa daquele vaso de
plástico mole que ganha forma quando cheio d'água.
Mas também há coisas nunca vistas antes, como as pantufas de cetim com flores aplicadas e os sapatinhos infantis
com cara de bisão da marca
californiana Goody Goody,
lindos e de preço justo; os cabides de parede bacanas; e os
produtos aromáticos diferentões para a casa.
Mas é quando a decoração
encontra a diversão que eles
acertam mesmo. Como nos
tapetes de banheiro em forma
de tampa de bueiro de Londres ou de Nova York. Ou no
ótimo peso de papel/oráculo
para homens de negócio, cujas respostas incluem "compre", "venda" e "mande alguém embora". Ou nos seres
utilitários coloridos da marca
francesa Pylones. Entre esses,
o destaque é o saleiro de corda
com cara de pato e rodinhas,
que anda pela mesa. Para os
que acham a maior "zica" passar o sal de mão para mão, não
posso imaginar uma solução
melhor.
ONDE ENCONTRAR
Camelô
r. Manoel Guedes, 281, Itaim Bibi
tel. (11) 3079-7175, São Paulo
www.camelopresentes.com.br
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