|
Próximo Texto | Índice
PASSE EM CASA
Homewear, loungewear, não importa: o que importa é que esta moda gostosa, feita de texturas suaves,
cores neutras e tecidos naturais, é ideal para o casal passar sossegado pelo Dia dos Namorados
SIMONE ESMANHOTTO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Muitos casais vão se estressar na fila do restaurante.
Quando conseguirem se sentar,
o mau humor da espera e da hipoglicemia terá estragado metade da noite. Da outra metade,
se encarrega a conta. Mas há
quem vá "vestir algo mais confortável" e passar relax, em casa, a noite dos namorados.
Trata-se do replay do "cocooning" (casulo ou ninho, em inglês), que marcou os anos 80.
"A tendência evoluiu do "ficar
em casa" para refúgio contra o
estresse e desejo de segurança e
de aproveitar amigos e família",
diz Andréa Bisker, mandachuva do site inglês WGSN para a
América do Sul, especializado
em comportamento. A crise
deu um empurrãozinho, claro.
A moda reflete esse momento. Para o inverno 2010, Lacoste, Missoni, Giorgio Armani e
Salvatore Ferragamo apostam
em roupas que dão a sensação
de conforto e proteção.
Aqui, a Osklen tirou a cara de
desleixo do moletom mescla,
com minivestidos e saias para
elas, saruel e paletós para eles.
"Estamos voltando às roupas
que oferecem conforto e uma
sofisticação que nada tem a ver
com glamour tipo tapete vermelho", define Sara Kawasaki,
estilista da Huis Clos, (lê-se
Huis Clos vírgula), uma das primeiras adeptas da confort fashion. A ideia de criar "peças para momentos de pausa" -daí a
vírgula no nome da submarca-
veio da observação das consumidoras Huis Clos, que esgotavam os moletons da marca carro-chefe de Clô Orozco.
Batizada de homewear ou de
loungewear, a moda conforto é
feita de tecidos e tramas gostosos, cores neutras, modelagens
amplas e fibras naturais com
concessões a fios sintéticos. O
principal é não ter cara de pijama nem de roupa de ginástica.
"É uma roupa bonita para receber amigos, na praia, no sítio,
em viagens de avião, para tomar café da manhã fora", enumera Tatiana Nigro, diretora
da Le Lis Blanc, que fez a primeira coleção da Chez Le Lis,
etiqueta compromissada com
conforto e cinza mescla. A primeira leva, de inverno 2009, teve 20 peças. A próxima terá 50.
Prova de que o "cocooning" está mais fashion do que nunca.
"Queremos estender o conforto de casa para outros ambientes", diz Andrea Bisker.
Atenta a isso, a estilista Angela Fonseca, da Coisas de Alice,
vai largando o termo loungewear. "Ao criar, não penso em
roupa para ficar em casa, mas
em roupa amiga, que se dá bem
com tudo, versátil", diz a dona
da Jogê, que no dia da entrevista usava vestido de plush com
sapatilhas e maxibolsa, depois
trocadas por salto e carteira.
É bem isso que você pode fazer no 12 de junho. Aninhar-se
em casa com a moda conforto e,
depois do rush dos restaurantes, colocar um bom acessório e
aproveitar, à vontade, o jantar.
Próximo Texto: Já para o casulo Índice
|