Longe da mesmice e do barulho dos shoppings, pequenos centros de comércio ocultos nos Jardins atraem com seu estilo "caseiro" e atendimento VIP; mas o sossego tem seu preço

CHANTAL BRISSAC
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Charmosa, gregária, sossegada, vila é aquele pedaço de bom caminho no meio da confusão da cidade. Bancos para parar e conversar, casas sem muros e grades, gente andando sem medo de ser atropelada e pouco barulho. Tem aquele jeitão provinciano que transporta o visitante para outra esfera.
Melhor: algumas também têm lojas, de tudo quanto é tipo, onde é possível comprar, sem sufoco, de camisetas a jóias.
A reportagem vasculhou sete vilinhas de comércio, todas na região dos Jardins, em São Paulo, que além de valer o passeio podem sempre resolver alguma compra de Natal. Quem gosta de bater perna consegue visitar todas elas em uma só saída.

Quem vai de carro à Vila Mercato pode deixá-lo com os manobristas, que eles estacionam no pátio interno, sombreado por árvores. Tem um cantinho no fundo perfeito para uma pausa.
Escolha um dos bancos rodeados por floreiras e observe os sobrados.
A primeira casa à direita é ocupada pela estilista Carina Duek e sua coleção romântica.
Os vestidos são vaporosos e ela tem uma fixação por laços. Já os preços não são suaves. Uma microbolsa custa R$ 490. A vizinha de Carina é a Casa Vasconcellos, que vende jóias com ar antigo e mimos como um jogo de colheres de café de libélula (R$ 402).
"São presentinhos para quem já tem tudo", explica Renata Vasconcellos, 31. A loja costuma receber noivas, que vão atrás de enfeites para cabelo. Uma tiara em prata e cristal custa R$ 2.225. Para "quebrar" os precinhos salgados, são oferecidos bem-casados, pães de mel e trufas, com café ou cappuccino.
Do outro lado, vale espiar a nova loja da mineira Marisa Galhardo, na vila há quatro meses.
Vestidos de malha são o forte, mas há também acessórios legais - caso do cinto de couro com fivela quadrada, por R$ 162.