ProTeste avalia 21 rótulos de extravirgem; apenas um é reprovado

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A ProTeste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) avaliou 21 rótulos de azeite de oliva extravirgem, em embalagens de 500ml. Desses, 20 foram aprovados. A marca Carrefour foi eleita a "melhor do teste" e a "escolha certa" -melhor relação custo/benefício.
Único reprovado na avaliação, o português Figueira da Foz contém adição de óleos de sementes, o que o desclassifica como azeite, que deve ser feito apenas de oliva (azeitona).
A ProTeste notificou a suposta fraude à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), ao Ministério Público e ao Ministério da Agricultura.

Outro lado
A Paladar Alimentos, importadora do Figueira da Foz, afirma que todos os lotes dos seus produtos são avaliados pelo Laboratório de Óleos e Gorduras da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
Renato Grimaldi, coordenador do laboratório, afirma que os ensaios não atestam se o produto é azeite de oliva ou não. "As avaliações são encomendadas, com lotes selecionados pelas empresas, que pagam pelo teste. Esses testes não costumam ser completos", diz.

Sem agrotóxicos
Não há indício de agrotóxicos em nenhum dos 21 azeites. Como todos cumprem a promessa dos orgânicos, que eram três na avaliação, a escolha entre a opção natural e os não orgânicos é indiferente, afirma a ProTeste. O único quesito que pode pesar é o preço: os orgânicos são até 38% mais caros do que os rótulos comuns.
Os critérios de avaliação, feita por meio de testes laboratoriais, foram: acidez, que deve ser de até 0,8% para um extravirgem; informações no rótulo; conservação e qualidade, além da degustação feita por especialistas e consumidores -que provaram os óleos com alface.
A variação de preço da mesma marca em lojas diferentes chega a mais de o dobro do preço. O La Violetera, por exemplo, custa entre R$ 9 e R$ 21.


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