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O teste da sensibilidade
A Folha avaliou modelos da última geração de supercelulares com tela touchscreen; todo mundo quer ter um
RENATO ESSENFELDER
DA REDAÇÃO
Só 8,6% dos brasileiros têm
celular com teclado qwerty físico (cada tecla é uma letra) e/ou
touchscreen (tela sensível ao
toque). Mas, se depender dos
consumidores, o índice crescerá rapidamente. Nenhuma outra característica é tão cobiçada
num aparelho de telefonia móvel quanto essas.
Pesquisa da consultoria TNS
em 32 países diz que 23% dos
brasileiros planejam, na próxima troca de celular, adotar um
com essas tecnologias.
Sim, o smartphone (celular
com funções de computador)
pegou. E a bola da vez é a tela
sensível ao toque. "Todos os fabricantes já têm ou preparam
alternativas ao iPhone, com
tecnologia touchscreen", diz a
analista Tina Teng, da consultoria americana iSuppli.
Não é só o apelo emocional,
de inovação, que mobiliza consumidores. "Por trás há uma
base muito importante, que é a
de simplificação. O touchscreen traz o apelo de convergir
várias ferramentas sem muita
complicação", avalia Lucas
Pestalozzi, diretor da TNS.
As projeções impressionam:
até 2013, 50% das telas devem
ser sensíveis ao toque. As vendas de smartphones neste ano
devem crescer 11%, num cenário de encolhimento do mercado de celular, em razão da crise.
O resultado da oferta massificada pode ser a indiferenciação. Touchscreen é tudo igual?
Não. Mas, à semelhança das
câmeras digitais, caminha-se
para algo assim. Em aparelhos
que saem quase de graça nos
(caros) planos pós-pagos já é
possível acessar e-mail, visualizar anexos, navegar por sites,
enfim, o feijão-com-arroz.
Nos modelos top de linha,
que chegam a custar R$ 3.000,
o pacote é preenchido com telas cristalinas, recursos ativados por voz e outros mimos.
Mas o grande desafio da indústria agora não é aumentar a
já vasta quantidade de recursos, diz Pestalozzi. "A onda agora é começar a digerir esse conteúdo para apresentá-lo de forma inteligente e estratégica."
Teste
A Folha testou por três semanas oito smartphones com
tela sensível ao toque e acesso à
banda larga móvel (3G).
Foram avaliados facilidade
de acessar e configurar as principais funções de cada celular,
desempenho na execução de
aplicativos, bateria, aquecimento, iluminação da tela,
som, conectividade e facilidade
de transferência de dados.
Há aparelhos mais ou menos
adequados a cada tipo de usuário. No comparativo, cada um
mostrou pontos fortes e fracos.
Para evitar frustração, cabe ao
comprador saber como e para
que usará seu supercelular.
Parece incrível, mas o manjado iPhone, agora na versão
3G, segue como a melhor opção
para quem não quer se complicar. Elegante, amigável, tem a
tela mais sensível de todas.
Só que em nome da interface
simples e intuitiva, o aparelho
sacrifica a produtividade. Sem
ajustes e programas extras é
impossível editar documentos
e acessar sites com animações.
Mais: sua bateria não é das
mais duráveis, e o sistema
bluetooth é quase inútil.
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