Ligiana Costa cria pop com vocação cosmopolita e DNA de pista de dança
Para a atuação como cantora popular, Ligiana Costa traz não apenas as múltiplas vivências de suas carreiras de musicóloga especializada em música barroca e tradutora, como ainda uma recusa à redundância e à previsibilidade.
Pedro Hurpia/Divulgação | ||
Os músicos Ligiana Costa e Edson Secco |
Assim, se, como o próprio nome indicava, seu álbum anterior, "Floresta", era marcado pela exuberância acústica dos arranjos de Letieres Leite, inscrevendo-se na linha evolutiva da MPB, agora, também como apontado pelo título, "NU" se caracteriza pelo despojamento de sua associação, em duo, à eletrônica do artista sonoro Edson Secco, cujo currículo inclui trabalhos em teatro, cinema, dança e instalações.
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Capa de "Nu" |
As releituras são apenas duas, mas ocupando um amplo espaço estilístico, que abarca desde "Bergère", do compositor barroco francês Michel Lambert (1610-1696), até "Toxic", hit de Britney Spears. O resto do repertório é autoral; compondo com Secco, ou outros parceiros, Ligiana canta em inglês, espanhol, francês e português, destacando o lirismo da balada "Kanazawa" e a militância política rasgada de "Música Bomba". O resultado é um pop com vocação cosmopolita, tinturas experimentais e DNA de pista de dança.