CINEMA

Coração Louco

Músico decadente em filme de ator

Sérgio Rizzo

Chegou afinal a hora de Jeff Bridges, 60 anos de idade e 50 de carreira, receber o Oscar, que ele já disputou em outras quatro ocasiões? A resposta virá na madrugada desta segunda, mas a imprensa dos EUA o considerava favorito antes mesmo que saíssem as indicações.

O motivo é "Coração Louco", feito sob medida para lhe dar o prêmio. Em primeiro lugar, é filme de atores -com Maggie Gyllen- haal, Colin Farrell e Robert Duvall. O protagonista, por sua vez, percorre a curva dramática que beneficia especialmente atores simpáticos, mas talvez ainda não devidamente reconhecidos, como Bridges.

Ele faz um cantor, não por acaso chamado Bad Blake (Blake mau), já em franca decadência. Solitário, ganha seus trocados se apresentando em locais de terceira categoria e precisa de álcool como um violão pede cordas. Bad Blake vai sofrer, aprender e, claro, tocar e cantar. Não há Hollywood que resista a esse apelo.

Não recomendado para menores de 14 anos.