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DE SÃO PAULO
Guia da Folha
 

DE 07 A 13 DE SETEMBRO DE 2007

 

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CINEMA

O Pequeno Italiano

Desamparo retratado com secura em drama russo

Ricardo Calil

Nenhuma miséria pode ser maior que a de uma criança órfã. A lição do inglês Charles Dickens em "Oliver Twist" (1838) é adotada outra vez pelo cinema no filme russo "O Pequeno Italiano", de Andrei Kravchuk. O protagonista é Vanya (Kolya Spiridonov), menino que vive em um orfanato no interior da Rússia, uma casa lúgubre dirigida por um burocrata bêbado.

No início da história, Vanya consegue realizar o sonho de todos os seus colegas: é adotado por um casal de italianos (de onde vem seu apelido que dá título ao filme).

Mas ele tem uma obsessão: conhecer a mãe biológica. Antes de ser entregue aos novos pais, Vanya foge do orfanato, inicia uma jornada pelo país e é perseguido pela mulher que intermediou a adoção.

Kravchuk conduz a narrativa sem sentimentalismo, na trilha aberta pelo neo-realismo italiano e depois revista pelo cinema iraniano. Mas as virtudes do filme não impedem a sensação de déjà-vu, ao presenciarmos mais uma odisséia infantil na tela. A parte mais interessante de "O Pequeno Italiano" é a observação das relações de poder entre os órfãos mais velhos e mais novos no orfanato. Se a câmera permanecesse naquele espaço, o filme poderia não resultar melhor, mas teria mais frescor.
Capa

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