CINEMA

A Vida Íntima de Pippa Lee

Mulheres dominam filme de Rebecca Miller

Teté Ribeiro

É quase impossível não falar das duas mulheres mais importantes de "A Vida Íntima de Pippa Lee" sem mencionar os homens ao seu redor. A diretora Rebecca Miller é filha do dramaturgo Arthur Miller e mulher de Daniel Day-Lewis. Robin Wright, a protagonista, é ex-mulher de Sean Penn.

Conclua o que quiser com isso, mas o importante é que o filme é ótimo (e é sexismo o pôster da versão em português sair com o nome de Brad Pitt, um dos produtores, maior que o das duas).

Nele, Robin é a versão adulta de Pippa Lee, dona de casa fofa e dedicada, casada com um homem bem mais velho que, após três infartos, decide se mudar para uma comunidade de aposentados ricos.

Como a mulher exemplar que é, Pippa não reclama, mas se pega tendo um ataque de nervos que se manifesta em seus sonhos. E, aos poucos, se lembra que seu destino não combina com seu passado.

Era uma menina mimada que virou rebelde (nessa fase, é vivida por Blake Lively), fugiu de casa, usou drogas e destruiu um casamento -o de seu marido com a primeira mulher. Agora, domesticada pela vida, começa a desejar um futuro que combine mais com seus flashbacks.

Não recomendado para menores de 16 anos