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DE 26 DE SETEMBRO A 2 DE OUTUBRO DE 2014

 

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CINEMA

ESTREIA | Miss Violence

Clima claustrofóbico conduz drama familiar grego

Aline Pellegrini

Dentro de um apartamento em Atenas, uma festa infantil toma conta da cena. São os 11 anos de Angeliki que estão sendo comemo- rados. A família toda --o avô, a avó, a mãe, os dois irmãos mais novos e a tia-- usa chapéu de aniversário e se divide entre comer bolo, olhar para o nada e dançar ao som de "Dance Me to the End of Love", de Leonard Cohen.

Enquanto isso, Angeliki senta no parapeito da janela, sorri e se atira. Aparece estirada no chão, com a cabeça deitada em uma poça de sangue. Esses são os três primeiros minutos de "Miss Violence", longa grego dirigido por Alexandros Avranas, estreia da semana.

A cena de abertura introduz um enredo pesado que não amolece ao longo do filme. Após o suicídio de Angeliki, é o cotidiano dessa família de classe média que conduz a história.

A insegura Eleni, mãe da garota, precisa explicar aos assistentes sociais o que ocorreu com a filha. Ao mesmo tempo em que ela parece não ter justificativa ao comportamento de Angeliki, algo obscuro parece rodear o dia a dia da família.

Não sabemos quem é o pai dos três filhos de Eleni, nem sabemos como se sustentam já que ninguém trabalha fora. É o avô quem controla absolutamente tudo, enquanto apenas as crianças saem para ir para a escola e as mulheres ficam trancafiadas em casa.

"Miss Violence" é um filme forte que causa desconforto, nojo e repugnância.

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