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DE SÃO PAULO
Guia da Folha
 

DE 27 DE JUNHO A 03 DE JULHO DE 2008

 

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CINEMA

Onde Andará Dulce Veiga?

Suspense brasileiro discute a ausência

Ricardo Calil

"Onde Andará Dulce Veiga?", de Guilherme de Almeida Prado, é um filme sobre a ausência. Em primeiro lugar, de uma mulher, a personagem do título (Maitê Proença), uma cantora do passado que desapareceu misteriosamente nos anos 1960.

Em sua busca por Dulce, o jornalista Caio (Eriberto Leão) se apaixona por uma roqueira (Carolina Dieckmann) que é filha da cantora e, por sua vez, está envolvida com sua assistente (Maíra Chasseraux).

As outras ausências são a do escritor Caio Fernando Abreu -que co-escreveu o roteiro e, depois, um romance de mesmo nome-, dos anos 1980 (época em que transcorre a ação) e de um certo cinema, que tem em "A Dama do Cine Xangai" (1987), do próprio Almeida Prado, um de seus melhores exemplares.

Essa auto-referência é identificável pelo pastiche de gêneros -como o noir, o melodrama e o musical-, pelo jogo de espelhos entre realidade e ficção e pelos artifícios do chamado pós-modernismo.

A maior virtude de "Dulce Veiga" é não tentar preencher todas essas ausências com o cimento da nostalgia, nem do cinismo, mas sim buscar no passado um motivo digno para continuar fazendo cinema no presente.

Censura: 16 anos.
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