![]() |
O ROTEIRO MAIS COMPLETO DE SÃO PAULO |
![]() |
DE 29 DE SETEMBRO A 5 DE OUTUBRO DE 2006 |
|
CINEMAAs Torres Gêmeas Oliver Stone conduz novela patrióticaRicardo Calil O cineasta Oliver Stone sempre foi uma figura incômoda para Hollywood. Em filmes como "Platoon" (1986), "JFK - A Pergunta que Não Quer Calar" (1991) e "Assassinos por Natureza" (1994), entre outros, ele exercitou o desejo de provocar o público, em particular o conservador norte-americano.Com "As Torres Gêmeas", filme com o tema mais delicado de sua carreira, o diretor preferiu fazer uma obra de acomodação, que não ofendesse ninguém. O resultado despertou a surpresa de seus admiradores e a admiração de seus inimigos. Ao lado de "Vôo United 93", "As Torres Gêmeas" é a primeira grande produção ficcional sobre os atentados de 11 de Setembro nos EUA. O filme de Stone se concentra na história real de dois policiais da Autoridade Portuária de Nova York, John McLoughlin (Nicolas Cage) e Will Jimeno (Michael Pena), que foram convocados para trabalhar no resgate de vítimas no World Trade Center e acabaram soterrados nos escombros quando os prédios desabaram. A narrativa se alterna entre a luta pela sobrevivência de John e Will e a apreensão vivida por suas mulheres, Donna (Maria Bello) e Allison (Maggie Gyllenhaal). São quase dois filmes em um. De um lado, há um exercício de cinema-catástrofe que Stone dirige com sentido de espetáculo mas também com a sobriedade que o tema exige. Do outro, um drama emocional que ele aborda com o sentimentalismo mecânico das "soap operas" americanas. Fora desses dois eixos narrativos, o filme traz outro personagem marcante: um marine evangélico que tenta localizar sozinho as vítimas. Com pouco tempo de tela, mas grande força dramática, o personagem dá ao filme um clima de novela patriótica -o que talvez explique por que os conservadores norte-americanos gostaram tanto do filme. |
|
Copyright Folha Online. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folha Online. |