CRIANÇA

Casos Cascudos

Peça costura histórias colhidas por Cascudo

Gabriela Romeu

O espetáculo "Casos Cascudos", da Cia. da Tribo, funciona como um baú de brinquedos. É de dentro de uma caixa giratória que bonecos surgem para narrar três contos, "Dom Lobo", "A Moça da Figueira" e "A Moça e a Vela", recolhidos pelo folclorista Luís da Câmara Cascudo (1898-1986).

A caixa de bonecos tem seus mistérios revelados às vistas da platéia. E, em cada um dos lados do cubo, uma cortina se abre para trazer as criaturas que ganham vida nas mãos do grupo. Mamulengos, bonecos de vara feitos de cabaça e brinquedos articulados são manipulados com delicadeza e precisão.

Um certo clima de terror une os contos escolhidos pelo diretor da companhia, Wanderley Piras. Um rapaz tem que acertar as perguntas do tal Dom Lobo, uma menina é enterrada pela madrasta debaixo da figueira e uma moça descobre coisas assombrosas ao fitar a madrugada pela janela. As tiradas de humor e as cantigas folclóricas conseguem amenizar o medo instaurado na platéia pelos personagens fantasmagóricos. Depois, vale torcer para que os pequenos durmam sozinhos em suas camas.

Unidade Provisória Sesc Avenida Paulista - teatro (av. Paulista, 119, Bela Vista, tel. 3179-3700). 230 lugares. Sáb.: 16h. Dom.: 11h. Até 11/6. 50 min. Ingr.: R$ 3 a R$ 6. A D