CRIANÇA

CRÍTICA Bicho Monjaléu

Bonecos são destaque em espetáculo rimado

Mônica Rodrigues da Costa

Em "Bicho Monjaléu", o diretor e ator Wanderley Piras (cia. da Tribo) adapta uma lenda clássica recolhida por Sílvio Romero.

Um pai se livra do trabalho de fabricar gamelas depois que vende as três filhas a três cavaleiros encantados. Fica triste com o que fez. Para apaziguar o pai, seu filho caçula, Zé Gamela, sai pelo mundo à procura das moças.

Zé Gamela enfrenta o Bicho Monjaléu com a ajuda dos reis dos carneiros, dos peixes e dos pássaros. A história é toda rimada, o que alonga o espetáculo e o torna monótono. As cenas repetidas também cansam. O espectador já sabe que tudo tem de acontecer três vezes, a direção poderia evitar a redundância. O ator também se perde no meio de tantos personagens que representa.

Os bonecos são o melhor da peça. Vários deles revezam com Piras na representação dos personagens. São construídos de forma poética, com colheres de pau que montam bichos e gamelas que viram caras gigantes, todos manipulados por Piras, como a Moura Torta e a Princesa de Castela.

Avaliação: regular.

Indicação do Guia : a partir de 7 anos. Sesc Pinheiros - auditório 3º andar - r. Paes Leme, 195, Pinheiros, região oeste, tel. 3095-9400. 100 lugares. Dom.: 15h e 17h. 50 min. Não recomendado para menores de 3 anos. Até 18/12. Ingr.: R$ 2 a R$ 8. Estac. (R$ 6 a R$ 8 a 1ª h mais h adicional). d i