CRIANÇA

CRÍTICA | Momo e o Senhor do Tempo

Espetáculo debate as várias percepções do tempo

Mônica Rodrigues da Costa

"Momo e o Senhor do Tempo", adaptação da história "Momo", de Michael Ende, por Cristina Moura e Renata Mizrahi, rompe a fronteira do tempo imaginário e o real.

No espetáculo, dirigido por Moura, o teatro do absurdo é convidado a aparecer nas falas da garota Momo, que recebe visitas de crianças e deixa dúvidas se existe mesmo ou se é um ser fictício.

Momo e as crianças brincam de um tipo de jogo filosófico, com desafios de perguntas e respostas. O elenco se dirige à plateia.

Os personagens fingem que são marujos e enfrentam um tufão e os vilões que roubam o tempo. Momo conta aos amigos que sua maior riqueza é o dom de ouvir formiguinha andar e passarinho voar.

As brincadeiras são intensas até o anoitecer. As crianças fazem a corrida da tartaruga e indagam: "Quanto tempo demora para casquinha de ferida cair? Quanto tempo dura o amor eterno?".

O cenário representa um anfiteatro em demolição. Há objetos como estátuas e caixas onde são projetadas imagens pouco figurativas. O caleidoscópio de belas metáforas torna o palco um ambiente imersivo que ultrapassa o espaço e o ritmo dos relógios.

Avaliação: bom.

Indicação do "Guia": a partir de 5 anos.

Sesc Santana - teatro - av. Luiz Dumont Villares, 579, Jardim São Paulo, região norte, tel. 2971-8700. 337 lugares. Dom.: 14h. Até 29/9. 50 min. Livre. Ingr.: R$ 1,60 a R$ 8. CC: AE, D, E, H, M, S e V. Estac. (R$ 3,50 a R$ 7 a 1ª h). a d c i n