EXPOSIÇÕES

Paço das Artes

Instituição exibe pioneira da videoarte

Pedro Ivo Dubra

A retrospectiva de uma pioneira da videoarte brasileira, uma coletiva de nomes contemporâneos ligados a uma galeria alemã e um artista a se dividir entre a criação e a curadoria. São essas as atrações que movimentam o Paço das Artes, que inaugura quatro exposições na terça-feira (dia 13).

A obra da artista baiana Letícia Parente (1930-91) é o destaque entre os projetos que se iniciam no espaço situado na Cidade Universitária. Considerada uma das precursoras da videoarte no país, ela é criadora do famoso "Marca Registrada" (1975), em que imagens mostram a performance na qual a artista borda com linha e agulha na sola de seu pé a inscrição "made in Brazil". A individual reúne 11 vídeos produzidos nos anos 70 e 80. Cinco deles são exibidos pela primeira vez após terem sido restaurados. André Parente, seu filho, responde pela curadoria.

Além de Parente, o Paço das Artes recebe as criações do paulistano Alberto Simon, que mora na Alemanha. Ele assina uma instalação que conta com fotos pessoais e também propõe uma curadoria "diferente" em "Arte e Cocaína, 1950-2000: Uma Sondagem". Parte dos artistas da exposição participa com nomes fictícios. Simon também interferiu, como co-autor, nos trabalhos.

No setor internacional, está "Visões Berlinenses". A mostra reúne três artistas contemporâneos da galeria DNA, situada em Berlim. A alemã Brigitte Waldach, o austríaco Clemens Krauss e a búlgara Mariana Vassileva realizaram no Brasil obras especificamente para o espaço onde são mostradas (os chamados "site specific"). A curadoria é de Tereza de Arruda.

Av. da Universidade, 1, Butantã, região oeste, tel. 3814-4832. Ter. a sex.: 11h30 às 19h. Sáb. e dom.: 12h30 às 17h30. Abertura 13/3. Até 20/5 (Visões Berlinenses e Albert Simon, até o dia 8/4). Estac. grátis.A