RESTAURANTES

Capuano

Centenária, cantina tem serviço irregular

Josimar Melo

Chegando aos cem anos de idade, em data incerta neste ano, a cantina Capuano guarda muito de sua história no próprio cardápio. Em um século só mudou de mãos uma vez -fundada pelo calabrês Francisco Capuano, já no Bexiga (na rua Major Diogo), passou em 1961 para Angelo Luisi, que a mantém com a família até hoje (desde 1968 no endereço atual).

Contam os proprietários que os carros-chefes da casa são os mesmos da fundação -a lingüiça calabresa caseira (suculenta mas quase crua, poderia ser mais curada); os fusilli caseiros (massa grossa com um furo no centro), com o ponto irregular a depender da sorte, servidos com molho de tomate lentamente apurado; e o cabrito ensopado, com molho apetitoso (mas melhor se mais apurado).

Não dá para esperar nada dos vinhos, e é preciso suportar a cantoria ao vivo, que é feita para grandes multidões mas reverbera a centímetros do ouvido. Mas isso é a cara do Bexiga, e deve continuar assim por mais um século.
CAPUANO
R. Cons. Carrão, 416, Bela Vista , tel. 3288-1460. 70 lugares. Ter. a sex.: 11h30 às 15h e 19h às 24h. Sáb.: 11h30 às 16h e 19h à 1h. Dom.: 11h30 às 17h. Couv. art. (sáb. e dom.): R$ 3. CC: AE, D, M e V. T: Te, Ti e Vv. Estac. (grátis p/ 1 h e R$ 1,80 p/ h adicional). Música ao vivo (sáb., a partir das 20h30, e dom., a partir das 12h30). $$ C R M