TEATRO

Ícaro

Espetáculo de clown suíço concilia texto e mímica

Maria Eugênia de Menezes

Sozinho no palco imenso, um homem dispensa as vestes coloridas, não tem o rosto enfarinhado, mas carrega alguma aura de pierrô. Despido dos tradicionais adereços de palhaço, o clown suíço Daniele Finzi Pasca encena "Ícaro", espetáculo, que será apresentado de hoje (dia 11) a domingo, no teatro Sérgio Cardoso.

Criador e diretor do Teatro Sunil, Pasca também dirigiu trabalhos para outras companhias, entre elas, o Cirque du Soleil, no qual esteve à frente do espetáculo "Corteo".

Na montagem "Ícaro", escrita pelo ator na década de 1990, temas transgressores são tratados com delicadeza. Em cena, ele desfia sua sólida pesquisa da técnica de interpre tação que explora a figura tragicômica do palhaço para fazer uma reflexão sobre a fragilidade e a luta do homem contra seu destino.

Durante 110 minutos, o ator interpreta um personagem preso dentro de um hospital psiquiátrico e escolhe alguém na platéia para viver seu companheiro de quarto. "Imaginei o monólogo para um só espectador, depois, o formato mudou, mas é uma história para ser contada olhando nos olhos", diz Pasca.

Sérgio Cardoso - sala Sérgio Cardoso - r. Rui Barbosa, 153, Bela Vista, região central, tel. 3288-0136. 856 lugares. Sex. e sáb.: 21h. Dom.: 18h. Únicas apresentações. Ingr.: R$ 20.

CC: M e V. a d