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Biografia recupera a saga do cão Rin Tin Tin
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IVAN FINOTTI
DE SÃO PAULO
Foi num canil semidestruído de um acampamento alemão, num vale francês, em 1918, que o soldado americano Lee Duncan encontrou cinco filhotes, cegos e famintos, de uma raça estranha, que ele nunca tinha visto.
Pastores alemães, afinal, haviam sido desenvolvidos apenas 15 anos antes por um nobre prussiano, que depois convencera o Exército sobre sua utilidade nos campos de batalha da Primeira Guerra.
Eram tão raros que, dez anos antes de Duncan entrar naquele canil, um pastor alemão havia sido vendido nos EUA por US$ 10 mil (algo como R$ 380 mil hoje).
Reprodução | ||
O cachorro Rin Tin Tin com os atores Lee Aaker e James Brown em cena de "As Aventuras de Rin Tin Tin" |
Essa é uma das histórias contadas pela jornalista Susan Orlean em seu mais recente livro, "Rin Tin Tin - The Life and Legend" (a vida e a lenda), uma biografia do cachorro mais popular do mundo no século passado.
"Escolhi Rin Tin Tin porque sua história cobria um enorme período de tempo e porque envolvia muitos temas culturais, como a evolução de Hollywood nos anos 20 e 30 ou a forma como vivemos como animais", disse Orlean, em entrevista à Folha.
Rin Tin Tin explodiu nos anos 1920 por causa do cinema. Foram quase 30 filmes em dez anos, em sua maioria mudos.
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Nomes como "O Defensor Solitário" (1930), "Mandíbulas de Prata" (1927) e o clássico "Batalha de Lobos" (1925) dão uma boa ideia do sentido aventuresco da coisa.
Mas espetacular mesmo é saber que o cão atuava tão bem que foi eleito melhor ator no primeiro Oscar, em 1929.
Ganhou, mas não levou, já que a nascente Academia de Hollywood estava ansiosa por parecer uma instituição séria. Assim, o Oscar foi para Emil Jannings, um humano.
O primeiro Rin Tin Tin morreu em 1932, aos 14, e Lee Duncan logo o substituiu por herdeiros, que chegaram aos anos 50, quando o cão já parecia esquecido para sempre.
Mas a TV o ressuscitou na série "As Aventuras de Rin Tin Tin". Dessa vez, o cão atuava ao lado de um órfão adotado por soldados em luta contra os apaches. Foi uma nova onda canina mundial.
Talvez o livro de Orlean ganhasse se ela não escrevesse tanto sobre suas próprias memórias de Rin Tin Tin e sobre sua pesquisa para o livro.
Outro ponto, levantado pela crítica (leia abaixo), é que Susan se apegou ao cachorro e ajudou a mitificá-lo, em vez de biografá-lo de uma forma mais isenta. "Discordo, porque acho que me apeguei às histórias apenas", rebate.
Seja como for, Susan Orlean se apega mesmo aos bichos: "Sempre achei que fosse do tipo que gosta de cachorro. Então peguei uns gatos e descobri que realmente gostava muito deles. Mas talvez eu seja fã de animais em geral, já que também tenho galinhas, perus, galinhas-d'angola e vacas".
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