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27/05/2012 - 13h38

Vida do traficante colombiano Pablo Escobar chega à televisão

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OVIDIO CASTRO MEDINA
DA EFE, EM BOGOTÁ

A vida do famoso traficante colombiano Pablo Escobar será levada à televisão através de uma série que contará a trajetória do criminoso durante os anos 80 e inícios dos 90, quando semeou o terror em seu país com assassinatos e explosões de carros-bomba.

"Escobar, El Patrón del Mal" é o título desta série de 63 capítulos que a Caracol Televisión estreará na próxima semana, produzida por Juana Uribe e escrita por Camilo Cano, precisamente duas das vítimas do traficante, e que chega à tela pequena mais de 20 anos depois da morte do criminoso.

Juana Uribe é filha de Maruja Pachón, uma jornalista sequestrada por Escobar em novembro de 1990 e sobrinha de Gloria Pachón de Galán, esposa de Luis Carlos Galán, assassinado por capatazes do "Patrón" em agosto de 1989.

Camilo Cano é filho do também jornalista Guillermo Cano, ex-diretor do jornal "El Espectador" assassinado em 17 de dezembro de 1986 por ordem do chefe mafioso.

Apesar de na Colômbia já ter sido produzida uma grande quantidade de séries sobre o tema, que em alguns casos elogiaram os traficantes, neste caso o personagem é apresentado sem piedade, como alguém que começou sua vida criminosa como contrabandista de cigarros e ladrão de lápides de cemitério, e chegou a ocupar uma cadeira no Parlamento do país.

"As gerações modernas não sabem quem foi Pablo Escobar, um personagem que permeou a vida dos colombianos durante 20 anos", afirmou à Agência Efe Juana Uribe, que deixou claro que a série "não elogia nem engrandece" a figura do homem de bigode grosso que através do dinheiro conseguiu praticamente tudo o que quis.

Tamanho era seu poder que chegou a oferecer-se para pagar a dívida externa da Colômbia, tinha coleções de carros antigos, motocicletas caríssimas, obras de arte, casas extravagantes com torneiras de ouro e até um zoológico particular.

"Queremos contar às novas gerações quem foram os poucos colombianos que se atreveram a desafiar o 'Patrón', mas morreram na tentativa", declarou Juana.

Para a produtora, "é surpreendente que o país tenha conseguido sobreviver e que ainda tenha vontade de crescer, de trabalhar. Por isso é importante contar a história do ponto de vista das vítimas".

Além disso, a Colômbia não deve esquecer que Escobar mandou matar juízes, jornalistas, ministros e chegou a pôr em xeque quatro presidentes, pois infiltrou-se nos bastidores do Estado e da sociedade para desafiar o mundo, segundo Juana Uribe.

A produção está baseada em uma profunda pesquisa e usou referências do livro "La Parabola de Pablo", escrito pelo ex-prefeito de Medellín, Alonso Salazar.

O figurino foi elaborado com todo cuidado e até a peruca utilizada pelo ator Andrés Parra, que encarna magistralmente o papel de Pablo Escobar, foi confeccionada no exterior.

Cada capítulo teve um custo de cerca de US$ 150 mil, um orçamento muito superior ao habitualmente usado nas produções da televisão colombiana.

As localizações exteriores ficam nas cidades de Bogotá e Medellín, esta última berço do grande cartel da droga fundado por Escobar; assim como Llanos Orientales e Miami.

Além de Andrés Parra, o protagonista, o elenco é liderado por Angie Cepeda, no papel de Virgina Vallejo, ex-diva da televisão e amante do mafioso; Nicolás Montero (Luis Carlos Galán) e Cecilia Nava (esposa de Escobar e mãe de seus três filhos).

Também protagonizam a série Germán Quintero (Guillermo Cano), Ernesto Benjumea (Rodrigo Lara Bonilla, ministro da Justiça assassinado) e Carlos Mariño, que interpreta o criminoso conhecido como "Popeye", braço direito de Escobar que espalhou mais de 200 bombas pela Colômbia.

 

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