Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
02/07/2012 - 05h16

Grupo Cisne Negro completa 35 anos e revê trajetória

Publicidade

MILLOS KAISER
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

"Tudo começou quando minha escola foi invadida por homens da educação física da USP", lembra Hulda Bittencourt, 77, fundadora e diretora artística da Cisne Negro Cia. de Dança, durante ensaio na sede do grupo.

Eram campeões de remo, basquete e vôlei querendo dançar. "Nem sabia como pegar naquelas pernas enormes, peludas. Mas a força e a disciplina deles, aliadas à técnica e à leveza das minhas alunas, nos fez explodir."

Graças à "invasão", sua escola de balé clássico se tornou uma das companhias de dança contemporânea mais duradouras de São Paulo.

Eduardo Knapp/Folhapress
O bailarino Felipe Silva durante ensaio na sede da Cisne Negro, no bairro Vila Beatriz
O bailarino Felipe Silva durante ensaio na sede da Cisne Negro, no bairro Vila Beatriz

Parte da trajetória é lembrada no espetáculo "35 Anos de Dança", que a Cisne Negro leva ao Theatro Municipal de quinta a domingo, com quatro coreografias do grupo, criado em abril de 1977.

São elas "Cherché, Trouvé, Perdu" (2002), de Patrick Delcroix; "Shogun" (1990), de Ivonice Satie, com música de Milton Nascimento e Fernando Brant; "Cânticos Místicos" (1989), de Vasco Wellenkamp; e "Bailantas" (1988), de Ana Mondini, com trilha tocada ao vivo pelo gaitista Gilberto Monteiro.

"A Cisne Negro contribuiu para a dança brasileira. Foi território livre para coreógrafos nacionais e internacionais experimentarem", avalia o coreógrafo Ivaldo Bertazzo.

Um deles foi o argentino Luis Arrieta, que trabalhou com Hulda e seus dançarinos na década de 1980: "Foi uma honra. Desde lá, muitas companhias nasceram e morreram. A Cisne continua."

Parte do elenco de 12 bailarinos nem sequer era nascida quando alguns desses números foram encenados pela primeira vez.

É o caso de Naiane Avelino: "Será muita responsabilidade dançar balés que grandes nomes dançaram no passado. Vou chegar ao teatro, respirar fundo e agradecer por tudo."

35 ANOS DE DANÇA
QUANDO: qui. (5) e sex. (6), às 21h; sáb. (7), às 20h; dom. (8), às 17h
ONDE: Theatro Municipal (pça. Ramos de Azevedo, s/nº; tel. 0/xx/11/ 3397-0327)
QUANTO: de R$ 40 a R$ 90
CLASSIFICAÇÃO: livre

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página