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23/09/2012 - 07h00

Psy domina o mundo com coreografia do cavalinho de "Gangnam Style"

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SILAS MARTÍ
DE SÃO PAULO

Ele é gordinho e ultracafona. Mas na balada todos e todas querem ser como ele.

Confira a coreografia original e as paródias do vídeo

Nos últimos meses, um furacão chamado Psy, codinome do rapper sul-coreano Park Jae-Sang, varreu o mundo com uma dancinha que imita uma cavalgada sobre um cavalo invisível e figurinos e acessórios que extrapolam qualquer noção de kitsch.

"Gangnam Style" é uma paródia dos novos ricos de Seul, que vivem no bairro que dá nome à música --um reduto de pilates ao ar livre, consumo desenfreado, hipismo, moda e globos espelhados.

Psy desanca a burguesia emergente da metrópole coreana com os olhos bem fixos nos cifrões da nova indústria pop, calcada em imagens, sons e vídeos que se alastram como vírus na internet.

No YouTube, o clipe de "Gangnam Style" já foi visto mais de 221 milhões de vezes em 60 dias, marco que Lady Gaga demorou anos para atingir com sua "Poker Face".

"Isso é fácil de explicar", diz Carlos Eduardo Miranda, produtor musical e jurado do "Ídolos". "É uma música divertida, besta o suficiente para todo mundo gostar e com um clipe bem doidinho."

Editoria de Arte/Folhapress

Tanto que a paródia dos endinheirados de Seul ganhou suas próprias --e absurdas-- imitações pelo mundo.

Valeska Popozuda e Latino fizeram suas versões em português. Operários demitidos de uma fábrica coreana trocaram a letra por palavras de protesto e usaram a coreografia do cavalinho numa manifestação em Seul.

Nos Estados Unidos, marinheiros de uma base em Maryland usam canhões, barcos e o píer como cenário de estripulias estilo "Gangnam".

Seja como for a verdadeira estética do bairro, ele ganhou adeptos de peso. Britney Spears e Ellen DeGeneres aprenderam os passos com o mestre em rede nacional nos EUA.

Scooter Braun, produtor de fenômenos como Justin Bieber, já assinou com Psy para bancar seus próximos hits --tudo com base numa estética estridente, estrutura melódica primária e muito humor.

Não seria exagero definir a "eguinha Pocotó oriental" como a nova "Macarena" com um banho de loja transcontinental, uma mistura de Lady Gaga com Gaby Amarantos.

"Tem uma coisa meio Lady Gaga, uma estética superapurada", diz Leandro Pardí, DJ paulistano que costuma tocar "Gangnam Style" para enlouquecer a pista. "A Coreia tem uma cena pop muito ocidentalizada e é natural isso acabar vindo para cá."

Mesmo quem não suporta a nova onda coreana confessa que gostaria de entender o que motiva essa febre.

"É muito exagerado, tipo música de academia, clichês do pop europeu dos anos 90", diz Thomas Haferlach, o DJ alemão por trás da festa Voodoohop. "Me cansa depois de 30 segundos, mas gostaria de entender esse mistério para poder reproduzir."

 

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