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25/09/2012 - 04h36

"Barbeiro", de Paisiello, ganha primeira montagem no Brasil

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JOÃO BATISTA NATALI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O Theatro São Pedro estreia uma produção de "O Barbeiro de Sevilha".

Mas não é a conhecida ópera de Gioachino Rossini (1792-1868), de 1816. Esse "Barbeiro", de 1782, foi escrito por um outro italiano, Giovanni Paisiello (1740-1816).

A história é basicamente a mesma, por serem inspiradas na mesma peça do francês Pierre-Augustin Caron de Beaumarchais (1732-1799).

Paisiello é um compositor do classicismo, "mais ou menos como Mozart ou Domenico Cimarosa, enquanto Rossini é mais ou menos só como Rossini", diz o ex-baixo-barítono Enzo Dara, diretor cênico da montagem.

Divulgação
Cena da ópera "O Barbeiro de Sevilha", de Paisello, em cartaz no Theatro São Pedro, em SP
Cena da ópera "O Barbeiro de Sevilha", de Paisello, em cartaz no Theatro São Pedro, em SP

Paisiello foi uma máquina de produzir óperas. Escreveu em torno de 94, ou duas por ano durante sua longa carreira. Eclipsou-se numa Europa que valorizava orquestração mais exuberante.

Foi contemporâneo das primeiras sinfonias de Beethoven (1770-1827), mas sua harmonia é sobretudo baseada nas cordas, reservando as madeiras (oboé, fagote, clarineta, flauta) mais para o acompanhamento.

Mas é um compositor com o dom raro da narrativa.

O enredo: Rosina escapa das garras de Basílio, seu velho tutor, para, com a ajuda do barbeiro Fígaro, casar-se com o conde de Almaviva.

O "Barbeiro" de Paisiello tem algumas diferenças em relação ao de Rossini. O Basílio de Rossini é um avaro, interessado no dote de Rosina. Já o de Paisiello é apaixonadíssimo por sua pupila.

A direção musical é de Sérgio Monterisi, maestro e compositor de 42 anos que impõe invejáveis precisão e musicalidade à orquestra do Theatro São Pedro.

O elenco é bastante homogêneo, com destaque para os brasileiros Manuel Alvarez (Fígaro) e Luciano Botelho (Almaviva). Bártolo é cantado pelo baixo-barítono italiano Alessio Potestio, e Rosina, pela excelente soprano albanesa Artemisa Repa.

Com a montagem desse ainda desconhecido "Barbeiro", o São Pedro volta em definitivo a seus trilhos.

Duas crises levaram ao afastamento neste ano de dois diretores musicais: Roberto Duarte, em março, e Júlio Medaglia, cinco meses depois. A programação inicial foi reduzida, e a próxima produção, para o final de novembro, será a de "Werther", de Jules Massenet (1842-1912).

O BARBEIRO DE SEVILHA
QUANDO esta terça (25), qui. e sáb., às 20h; dom., às 17h
ONDE Theatro São Pedro (r. Barra Funda, 171; tel. 0/xx/11/3667-0499)
QUANTO R$ 20 a R$ 40 (R$ 10 no dia 30)
CLASSIFICAÇÃO 10 anos

 

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