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Série de shows homenageia Luiz Gonzaga
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LUCAS NOBILE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Se grandes nomes da música brasileira que completariam 70 anos em 2012 --Clara Nunes, Tim Maia, Caetano Veloso, Gilberto Gil, entre outros-- receberam tributos acanhados, o mesmo não se pode dizer do centenário de nascimento de Luiz Gonzaga.
O rei do baião, que faria cem anos em dezembro, vem recebendo homenagens espalhadas pelo país ao longo do ano. Uma delas tem início nesta sexta (12), com o projeto "Gonzagão 100 Anos", no Vale do Anhangabaú, com organização do CCBB de São Paulo.
O evento, que já passou por Brasília, acontecerá aos fins de semana e vai até o dia 3/11.
O show que abre a série é"Sertão de Cores e Amores", com Moraes Moreira, Carlos Malta e Pife Muderno. O projeto, que teve idealização de Andrea Alves e curadoria de Daniel Gonzaga --neto do compositor, cantor e sanfoneiro homenageado--, terá outros três shows.
Divulgação | ||
Otto e a banda Casuarina |
No dia 20, Gonzagão será relido por Otto, Casuarina e Bebê Kramer (acordeon). Dia dia 27, é a vez de Chico César, Lucy Alves (acordeon) e o Quinteto da Paraíba.
Encerram o projeto, no dia 3/11, Daniel Gonzaga e As Chicas, grupo que conta com a cantora Amora Pêra (também neta de Gonzagão).
"Os encontros mostram como Gonzagão percorreu o país e como sua obra sobrevive até hoje", diz Andréa.
A escalação dos artistas foi definida visando mesclar diferentes linguagens.
"O dia do Chico César é mais sofisticado, o do Moraes é mais popular. Tem o Casuarina, mais ligado ao samba, mas que já tocou muito forró, acompanhado do Otto, que traz uma expressão pernambucana", comenta Alves.
FILME E PEÇA
Além do projeto do CCBB, Luiz Gonzaga receberá outros tributos. No dia 17, estreia no Rio a peça "Gonzagão, a Lenda", com texto e direção de João Falcão. O espetáculo deve estender a temporada para São Paulo.
Mas a homenagem que deve atingir repercussão nacional é o filme "Gonzaga - De Pai pra Filho", de Breno Silveira ("Dois Filhos de Francisco", de 2005).
O longa, que foi exibido no Festival do Rio e retrata a relação de Luiz Gonzaga com seu filho, o também cantor e compositor Gonzaguinha, tem estreia prevista para o dia 26 deste mês.
"Em nenhum momento o Breno teve uma atitude de 'pé na porta'. Da parte da família, nunca houve a tentativa de fazer um filme chapa branca. Tem tudo pra ser o filme do ano", diz Daniel Gonzaga.
Também neta de Gonzagão, Amora Pêra conta que a família ajudou Breno Silveira a realizar o filme, mas não invadiu o espaço do diretor.
"O filme fala das dificuldades de um amor eterno. É a história da minha família, mas, ao mesmo tempo, todo mundo é neto, é filho do Gonzagão. Ele é parte da história do Brasil. Ver o filme foi uma emoção muito confusa pra mim", diz a cantora.
GONZAGÃO 100 ANOS
QUANDO esta sexta (12), 20, 27/10 e 3/11, às 16h
ONDE Vale do Anhangabaú; tel. 0/xx/11/3113-3651
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