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13/10/2012 - 05h42

Beatlemaníacos brasileiros guardam bilhetes

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MÁRCIO CRUZ
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Em 4 de fevereiro de 1968, a gravação de músicas de "The Magic Mistery Tour", nos estúdios da Abbey Road, em Londres, é o pano de fundo para o bilhete escrito para a brasileira Lizzie Bravo.

Livro traça narrativa de John Lennon por meio de suas cartas

Aos 16 anos, a garota estava em Londres de férias, conseguiu emprego como babá e viveu na cidade por dois anos. Um de seus passatempos era seguir os Beatles.

Impedidos de contratar cantores para os vocais de fundo naquele domingo, Paul apelou para os fãs prostrados na porta do prédio de St. Johns Wood.

Lizzie e Gaylen Pease passaram duas horas com eles no estúdio repetindo o verso "Nothing is gonna change my world". Dez dias depois, Lynda e Carole, amigas da brasileira, foram até a casa de Paul pedir que ele escrevesse para Lizzie, que voltaria ao Brasil.

"Se existe uma coisa que eu lamento, foi que assim que entrei no estúdio Paul pediu que eu cantasse alguma coisa 'em brasileiro', relembra Lizzie em entrevista à Folha.

Tímida, ela recusou. O livro de diários de sua época beatlemaníaca, "Do Rio a Abbey Road", deve ser lançado neste ano. O recado "Para Liz. Obrigado por um ótimo ano" aparece na carta 62. Outro bilhete também escrito por John não aparece no livro.

Divulgação
Postal de John Lennon para o fã brasileiro Fernando de Oliveira
Postal de John Lennon para o fã brasileiro Fernando de Oliveira

Outra correspondência com um brasileiro é ainda mais surpreendente.

Fernando de Oliveira, então com 14 anos, recebeu um cartão-postal em resposta a uma mensagem a John em dezembro de 1979. "Fernando, buenos dias", dizia a correspondência assinada por um tal John Lennon.

A troca continuou e ele recebeu mais postais. Ficaram guardados até 1982, quando Fernando conheceu Lizzie, confirmando a procedência.

"Depois disso, li uma entrevista da Yoko onde ela dizia que o John adorava cuidar do filho, fazer pão e ler correspondências de lugares exóticos. Acredito que o Brasil se encaixava nessa categoria", diz Fernando, que atualmente é jornalista, crítico de música e colecionador de memorabilias.

 

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