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31/10/2012 - 05h31

Pesquisa recupera memória de escolas de samba perdidas do Rio

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DO RIO

Longe dos desfiles luxuosos das "superescolas de samba S.A." na Marquês de Sapucaí, com suas celebridades, bicheiros e patrocínios milionários, há um vasto conjunto de velhas agremiações que hoje são desconhecidas dos turistas e da maior parte dos cariocas.

São escolas como Unidos do Jacarezinho, Em Cima da Hora, Vizinha Faladeira, Unidos de Lucas e Tupy de Braz de Pina, cujas histórias foram resgatadas no livro "Marcadas para Viver - A Luta de Cinco Escolas" (R$ 30), do jornalista João Pimentel.

Parte da coleção "Cadernos de Samba", organizada pelo jornalista Aydano André Motta e publicada pela Verso Brasil Editora, a obra será lançada hoje, às 19h, na Livraria da Travessa (av. Afrânio de Melo Franco, 290, Rio, tel.: 0/xx/21/3138-9600).

"Cinco Escolas" é, nas palavras de seu autor, um trabalho de arqueologia do samba, já que nem as próprias agremiações pesquisadas guardavam suas histórias.

"Não fiz de forma cronológica, busquei contar um pouquinho da vida dessas escolas a partir de uma história legal de cada uma delas."

Assim, para falar da Em Cima da Hora ele narra a disputa que levou à escolha do antológico "Os Sertões" como samba-enredo do carnaval de 1976.

No caso da Unidos do Jacarezinho, o eixo é a chegada do portelense Monarco à escola, na qual emplacaria um samba já na estreia.

Pimentel entrevistou figuras lendárias como "seu" Anatólio Izidoro, da Unidos de Lucas, que chegou a ser considerada a quinta força do Carnaval (depois das tradicionais Mangueira, Portela, Salgueiro e Império Serrano) e teve como carnavalesco Clóvis Bornay (1916-2005).

O livro aponta ainda os motivos da decadência das escolas: a violência que redefiniu as fronteiras do Rio a má administração e a falta dos "patronos" fortes.

São esses os personagens que financiam e conferem poder político dentro do grande negócio que se tornou o Carnaval da Sapucaí. O autor é pessimista quanto à mudanças nessa realidade.

 

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