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02/11/2012 - 04h59

SPFW menos pirotécnica chega ao fim com brilho

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VIVIAN WHITEMAN
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A miniedição outono-inverno 2013 da São Paulo Fashion Week tinha tudo para ficar esquecida como uma temporada "menor": apenas três dias de duração, estrutura e tempo de produção menores, desfalques no line-up grifes sobrecarregadas (neste ano, esta foi a terceira edição do evento, que normalmente tem apenas duas). Mas uma boa surpresa aconteceu.

Andaluzia inspira peças de Reinaldo Lourenço na SPFW

Mesmo sem grandes cenários nem pirotecnia, as grifes foram capazes de apresentar boas e fortes imagens de moda. Valeria dizer que essa temporada foi uma espécie de prova de fogo para as marcas: o desafio era apresentar coleções interessantes em condições menos favoráveis que as de costume.

O que parece ter acontecido é que, nessas condições, as grifes voltaram-se para o núcleo forte de seus repertórios. Apostaram no certo, no que sabem fazer, sem que por isso tivessem perdido o brilho ou a novidade.

Um bom exemplo disso é a Osklen, que abriu o evento, se apresentou diante das paredes brancas de uma galeria, num pequeno espaço. Os modelos fizeram várias entradas, para que fosse possível ver e fotografar tudo de vários ângulos. Foram poucos looks, mas todos eles trabalhados com materiais e técnicas sofisticadas. O minimalismo jet-setter da grife foi bem representado e as peças cresceram diante dos olhos da plateia.

Alexandre Herchcovitch também fez um desfile discreto, mas marcante. Suas flores encarceradas em jardins estão entre as imagens mais bonitas e melancólicas da estação. Porque todo momento de síntese envolve um pouco de melancolia.

As grifes chamadas de comerciais foram as que mais surpreenderam.

A Colcci, sem Ashton Kutcher ou outra celebridade (apenas a top Alessandra Ambrósio) mostrou sua melhor e mais bem-acabada coleção.

A Triton mostrou que sua estilista Karen Fuke avança a passos largos na direção da linha de frente do evento.

A Ellus, mesmo sem os megacenários e os aparatos tecnológicos de outros carnavais fashion, mostrou que basta um tema polêmico, roupas muito bem cortadas e luzes apagadas para fazer barulho.

Reinaldo Lourenço desgarrou-se do grupo, por questão de datas, e fez o único desfile de ontem, na Faap (leia abaixo), numa espécie de "after-hours".

A temporada termina em ritmo de tourada, porque em março do ano que vem, a SPFW sincroniza as suas datas com o calendário internacional e passa a acontecer depois da semana de moda parisiense. Diante dos olhos mais atentos do mundo, será a hora de encarar a fera e esperar a plateia gritar "olé!".

 

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