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10/12/2012 - 18h49

'Os Miseráveis', com Hugh Jackman, leva clássico da literatura aos cinemas

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DE SÃO PAULO

Cento e cinquenta anos depois do escritor francês Victor Hugo (1802-1885) ter escrito "Os Miseráveis", o musical inspirado no clássico chega aos cinemas dirigido por Tom Hooper e com Hugh Jackman e Anne Hathaway no elenco.

"'Os Miseráveis' é o grande hino dos despossuídos, tem essa mensagem de que podemos nos levantar unidos para melhorar as coisas. Acho que há algo inspirador nisso, principalmente no momento que estamos vivendo", declarou Hooper ("O Discurso do Rei") durante a apresentação do filme em Nova York.

Desde os protestos do movimento "Occupy" Wall Street em Nova York, até os levantes, o mundo atravessa um momento "de ira contra o sistema", o que torna essa história ainda mais atual, apontou o diretor.

Ambientado na França do século 19, no centro de "Os Miseráveis" se encontra um grupo de estudantes revolucionários que se levanta em armas para lutar contra a corrupção do governo e a pobreza que castiga o povo de Paris.

O filme, que se estreia nos Estados Unidos no próximo dia 25 de dezembro e em 1º fevereiro no Brasil, começa a partir da história de Jean Valjean (Hugh Jackman), que sofre a implacável perseguição do inspetor da polícia Javert (Russell Crowe) após quebrar sua liberdade condicional, sendo que, anteriormente, o mesmo passou anos preso por ter roubado um pedaço de pão.

"É um dos grandes personagens literários e o vejo como um verdadeiro herói. Jean Valjean vem de um lugar repleto de dificuldades que eu nunca poderia imaginar e, mesmo assim, consegue se transformar. Neste caso, (Víctor) Hugo utiliza a palavra transfiguração, que é mais que uma transformação, é algo religioso e espiritual", disse Jackman sobre seu personagem.

O australiano, que firmou sua carreira nos palcos da Broadway, celebrou que o diretor do filme decidisse gravar todas as canções do musical ao vivo e não fazer "playback", uma decisão que submeteu todo elenco a exaustivas audições, inclusive o próprio Jackman.

Veja vídeo

Anne Hathaway, por sua vez, explicou que teve que praticar durante semanas para conseguir cantar e chorar ao mesmo tempo para interpretar essa balada, na qual Fantine narra o abandono de seu companheiro e o declínio de sua vida até chegar a prostituição.

"Eu pensei em Fantine como uma mulher do passado, mas percebi que ele está vivendo em Nova York agora, provavelmente a menos de uma quadra daqui (...) vi que ele não era uma invenção e eu não estava agindo, mas honrando essa dor existe no nosso mundo", disse a atriz.

O filme é a adaptação de um musical que já foi visto por mais de 60 milhões de pessoas em 42 países de todo o mundo, o que supõe um grande desafio para Hooper, que ganhou fama há menos de dois anos com o premiado "O Discurso do Rei".

"Sou muito consciente de que milhões de pessoas levam este musical no coração e que, provavelmente, poderiam pensar que tínhamos estragado ou danificado seu espírito", reconheceu o diretor, que ressaltou ter "protegido o DNA emocional da obra".

Com agências de notícias

 

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