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18/01/2013 - 03h02

Opinião: Distante do seu potencial, cinema nacional é pouco competitivo hoje

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CARLOS AUGUSTO CALIL
ESPECIAL PARA A FOLHA

Dados da Ancine demonstram que o ano de 2012 foi positivo para o cinema no país. A renda bruta cresceu 12% em relação a 2011 e atingiu R$ 1,6 bilhão. Houve aumento de salas para o lançamento de filmes brasileiros (10%).

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Desbancando as majors, a distribuidora que mais faturou em 2012 foi a Paris Filmes, conglomerado nacional que atua igualmente na exibição.

No entanto, 2012 foi perdido para o cinema brasileiro. O que deu errado?

Sua fatia em renda no mercado recuou de 11% para 10%. Essa cifra, já em si mesma modesta, está longe do potencial demonstrado em 2003, quando a fatia nacional foi de 22%.

Há uma demanda reprimida por obra audiovisual brasileira: o sucesso de "Tropa de Elite 2" e "Avenida Brasil" são prova eloquente disso.

Nossa abundante produção cinematográfica é pouco competitiva, entre si e entre os estrangeiros, consequência do modelo de produção vigente. A produção consagrada pelo público, a das comédias vulgares, é desprezada pela crítica, que a apelidou de "neochanchada".

Repete-se o fenômeno dos anos 1950, em que a chanchada tinha público cativo, enquanto era abominada pelos jornalistas e intelectuais.

Desde a estabilização da moeda, o público no Brasil é basicamente composto pela classe média. O segredo está em falar a sua língua.

CARLOS AUGUSTO CALIL é ex-secretário municipal da Cultura de SP e ex-presidente da Embrafilme.

 

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