Surpreso, Loyola Brandão recebe Jabuti de livro do ano de ficção
O prêmio Jabuti elegeu como livro do ano na categoria ficção a obra "O Menino que Vendia Palavras" do escritor Ignácio de Loyola Brandão, publicado pela editora Objetiva, na noite desta sexta-feira na Sala São Paulo, no bairro paulistano da Luz. Também hoje foi anunciado o prêmio de livro do ano de não-ficção, que foi para "1808", de Laurentino Gomes publicado pela editora Planeta.
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Livro de Ignácio de Loyola Brandão foi escolhido o melhor do ano pelo Jabuti |
"Eu tinha certeza que este prêmio era do Cristóvão Tezza", afirmou Brandão ao iniciar seu discurso na cerimônia de hoje, confessando que estava surpreso. O escritor dedicou o livro premiado a duas professoras que participaram de sua vida escolar em Araraquara, a quem ele disse dever episódios que inspiraram o livro.
Gomes dedicou aos professores e pesquisadores a conquista do prêmio em primeiro lugar. "Sempre se disse que o brasileiro lia livro de auto-ajuda e literatura barata, e repente, ele está lendo um livro de história do Brasil", afirmou ao autor, após também dedicar o prêmio aos leitores do Brasil e de Portugal.
A cerimônia foi transmitida ao vivo pela internet devido a um acordo com a TV Cultura.
Esta foi a 50ª edição do prêmio, ao qual 2.141 obras concorreram. Os dez finalistas por categoria foram selecionados no mês de agosto e, em setembro, foram escolhidos os três primeiros lugares em cada uma das 20 categorias.
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Laurentino Gomes recebeu o prêmio de livro do ano de não-ficção pela obra "1808" |
A premiação é concedida pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), que lança o livro "Prêmio Jabuti - 50 Anos", realizado em parceria com a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. A publicação apresenta mais de 200 páginas de textos e fotos que registram a história completa da premiação. O livro inclui a relação de ganhadores, compreendendo o período de 1958 a 2007.
Desde a sua criação, o Jabuti foi concedido a autores brasileiros de renome, como Carlos Drummond de Andrade, Celso Furtado, João Cabral de Melo Neto, Nélida Piñon, João Ubaldo Ribeiro, Ruy Castro, Milton Hatoum, Lygia Fagundes Telles, Cecília Meirelles, Otto Maria Carpeaux, José Paulo Paes, Olga Savary, Celso Lafer, Francisco Alvim, Gilberto Freyre, Dalton Trevisan, Antonio Candido, Cassiano Ricardo, Milton Santos, Ruth Rocha, Haroldo de Campos e Paulo Duarte.
O nome do escritor Jorge Amado é o primeiro da lista completa dos vencedores do Prêmio Jabuti em suas cinco décadas de existência. Ele foi premiado em 1958 na categoria Romance, por "Gabriela Cravo e Canela".
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