Série que estreia hoje retrata juventude de Norman Bates, vilão de 'Psicose'
Depois de Darth Vader (da saga "Star Wars") e Hannibal Lecter (do longa "O Silêncio dos Inocentes"), agora é a vez de Norman Bates, icônico personagem do filme "Psicose", ser alvo da seguinte engenharia reversa: vilão amado/odiado pelo espectador é dissecado em busca de sua origem.
Assim, a pergunta "como Norman Bates se tornou um psicopata?" é o fio condutor da série "Bates Motel", que estreia no Brasil nesta quinta (4), às 22h, no canal pago Universal.
Divulgação | ||
Freddie Highmore como Norman Bates em cena da série "Bates Motel" |
"O interessante é que as pessoas têm uma estranha esperança de que ele não se transforme num psicopata. Mas sabemos que ele vai se tornar um e que vai matar pessoas. O argumento central da série é: ele sempre foi destinado a se tornar um assassino? Ou as circunstâncias, como a relação com sua mãe, o levaram a isso?", disse à Folha o ator Freddie Highmore, 21, protagonista da série.
Inspirado no serial killer Ed Gein (1906-84), Norman Bates surgiu como personagem no livro "Psicose", de Robert Bloch (1917-94), escrito em 1959.
A obra literária acabou adaptada por Alfred Hitchcock em filme homônimo, de 1960. O Norman Bates interpretado por Anthony Perkins passou então a ser conhecido por sua violência, problemas psiquiátricos e sua relação conturbada com a mãe, Norma Bates. Ambos vivem numa casa anexa ao motel que administram e que leva o sobrenome da família.
Na série, o personagem é apresentado nos dias atuais como um jovem tímido e protegido de um modo obsessivo pela mãe (interpretada por Vera Farmiga, de "Amor Sem Escalas", de 2009). A relação entre eles está no centro da primeira temporada de "Bates Motel".
"A série nunca é conclusiva, mas sugestiva. Você não tem muita certeza se eles estão nos limites do aceitável ou se eles vão além do aceitável pela sociedade. Porque não é explícito. E fica para o público decidir se isso é certo ou não", afirmou Highmore.
Para ele, a nova série se assemelha ao filme de Hitchcock ao levar o espectador a tirar suas próprias conclusões sobre a trama com as informações apenas sugeridas.
"A grandeza de 'Psicose' é não ser explícito. A cena do chuveiro é fantástica porque você não vê realmente a vítima ser esfaqueada. É tudo meio construído na sua mente. Não dá para se fiar apenas nos efeitos especiais. O público hoje espera muito mais. 'Psicose' sobreviveu todo esse tempo porque tem a capacidade de continuar assustando o público."
BATES MOTEL
Estreia da série
QUANDO hoje (4), às 22h
ONDE no canal pago Universal
CLASSIFICAÇÃO 18 anos
Livraria da Folha
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