Crítica: 'Sociedade dos Poetas Mortos', na TV, faz público se sentir inteligente
Não há filme mais nocivo do que esses que fazem o espectador sentir-se inteligente pelo simples fato de vê-lo. Esse é o problema de "Sociedade dos Poetas Mortos" (TC Cult, 19h35), não os personagens.
Estes são um professor de literatura e seus alunos, que lutam com as armas da cultura contra a direção meio caquética de um colégio tradicional.
Sua divisa é "carpe diem" ou: aproveite o dia, o momento. Vem de Horácio, o que facilita as coisas do ponto de vista da autoridade, mas não ajuda na luta contra a direção reacionária do colégio.
Como não ficar ao lado do professor? E como não compreender sua batalha contra o obscurantismo pedagógico? Existe algo de tão incontestável nisso que esteriliza o filme. Nos descobrimos lúcidos e nos felicitamos por isso. Mas é só.
Divulgação | ||
Cena do filme "Sociedade dos Poetas Mortos", com Robin Willians (à esq.) |
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade