Crítica: Caetano encerra maratona com hits e público animado
Pouco mais de dois anos depois de uma apoteótica estreia no Circo Voador, no Rio, em março de 2013, Caetano Veloso e a Banda Cê encerraram ontem em São Paulo a turnê Abraçaço, na última atração da Virada Cultural.
Marcado para as 18h, o show começou por volta das 18h15, quando os músicos atacaram um dos hits do CD, "A Bossa Nova é Foda". Na sequência, sem pausa para aplausos, foi a vez da antológica "Baby", de 1968, tempo em que os tropicalistas viviam em São Paulo.
Em versão enxuta, para um espetáculo aberto e com grande público, Caetano privilegiou canções mais animadas e conhecidas. Não tocou, por exemplo, "Um Comunista", dedicada ao baiano Carlos Marighela, como fez em outras apresentações.
"Homem", "Eclipse Oculto" e "De Noite na Cama" esquentaram a plateia, que se jogou de vez em "Reconvexo" e "Você Não Entende Nada".
Prevaleceu um clima paz e amor, com vapores de maconha aqui e ali, e gente variada: garotos com garotos, garotas com garotas, garotos com garotas, tiozinhos, senhorinhas, brancos, negros e toda a paleta de peles da panamérica de áfricas paulista.
No bis, só com violão elétrico, Caetano pediu desculpas pela voz prejudicada por uma gripe. "Mas deu certo. Foi a energia de vocês, a energia de São Paulo", seduziu.
Obviamente não faltaria "Sampa", acompanhada pelo público, que na sequência pediu "Tieta". Mas vieram "Desde que o Samba é Samba" e "Sozinho", sucesso de Peninha, para balançar cabelos e embalar corações.
Com os músicos de volta, foi, enfim, a vez de "Tieta", que encerrou a noite.
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