CRÍTICA
'Goosebumps' tem susto fácil, mas procura riso inteligente
O adolescente Zach Cooper (Dylan Minnette) muda-se para uma pequena cidade americana e se encanta por sua vizinha Hannah (Odeya Rush).
Ele descobre que o pai de Hannah, figura misteriosa e autoritária, é o escritor R. L. Stine (Jack Black), que existe na vida real, é chamado de "Stephen King da literatura infantil" e escreveu a série de terror "Goosebumps".
Há um bom motivo para a estranheza de Stine: os monstros de seus livros são reais e precisam ser mantidos dentro dos livros. Mas Zach acidentalmente os liberta –e eles passam a aterrorizar a cidadezinha onde vivem.
No início, "Goosebumps: Monstros e Arrepios" lembra, de forma incômoda,"Jumanji"e "Uma Noite no Museu" –baseados no conceito das figuras que ganham vida.
E, assim como esses filmes, "Goosebumps" se torna uma montanha-russa baseada na sucessão de cenas de ação frenéticas e no excesso de monstros. Mas, aos poucos, o filme firma uma personalidade própria.
O diretor Rob Letterman ("Monstros vs Alienígenas") pode buscar o susto fácil, mas procura também o riso de forma inteligente, sabendo brincar, por exemplo, com as comparações entre Stine e King, com os paralelos entre realidade e ficção.
Entre uma cena de terror aqui, outra de humor acolá, o filme encontra tempo para ser um romance de formação –sobre a passagem de Zach da adolescência à vida adulta– e uma defesa do poder da imaginação da literatura.
Para um filme hollywoodiano dirigido ao público infanto-juvenil, não é pouco.
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