CRÍTICA
Filme vale pelo resgate da história do 'artista-editor' Massao Ohno
Divulgação | ||
Cena do documentário "Massao Ohno" |
Há documentários que valem pelo que inventam, outros pelo que resgatam. O segundo é o caso de "Massao Ohno "" Poesia Presente". Admitamos, poucos sabem quem foi esse descendente de japoneses que renovou a edição de poesia nos anos 1960.
Massao Ohno (1936-2010) representa uma época de atividade cultural intensa, e em São Paulo a editora que levava seu nome foi determinante. A maior parte dos poetas que surgiu ou se afirmou naquela fase passou por ali. Massao foi o editor com coragem para publicar Hilda Hilst quando ninguém a queria.
"Foi um artista-editor", dirá o também editor Jiro Takahashi. Ou seja, uma categoria que os tempos de indústria cultural já não suportam. Em um depoimento, Hilda Hilst dirá, aliás, que o defeito de Massao é que não fazia questão de vender seus livros.
Apesar das presenças ilustres e da bela ideia de entrevistar Massao longamente, o filme deixa de lado aspectos relevantes (co-produziu "O Bandido da Luz Vermelha").
Mesmo com lacunas, o que resgata não é pouco.
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