CRÍTICA FILME NA TV
Lars Von Trier nos coloca em belas imagens com seu 'Melancolia'
Divulgação | ||
A atriz Kirsten Dunst em cena do filme "Melancolia" |
Um asteroide se aproxima perigosamente da Terra: haverá colisão? Digamos que esse —o eventual fim do mundo— é o falso problema proposto em "Melancolia" (2011, 14 anos, TC Cult, 19h35).
Ou talvez seja uma metáfora do estado mental de Justine (Kirsten Dunst), a moça que vai se casar no início do filme. Isso que no passado se chamava "bile negra" é uma espécie de desânimo, de indiferença do mundo, de depressão. De tudo um pouco, mas com uma cara própria, única: a da melancolia.
Talvez fosse o estado de Lars von Trier ao conceber seu filme. Um filme, diga-se, de imagens não raro marcantes. Nenhuma, penso, tão significativa quanto aquelas, no início, em que a limusine dos noivos tenta fazer uma curva, mas o carro é maior do que a estrada. Dobrar essa impossível curva talvez seja, afinal, a nossa existência, na visão de Von Trier.
Na madrugada ainda, em horário impossível, o belo "Nazarin" (1959, 14 anos, Futura, 2h30) de Buñuel.
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