Humorista dá desconto em show no Rio a quem levar B.O. por roubo
Arquivo Pessoal | ||
Léo Lins com boletim de ocorrência na mão |
Com a crise fiscal cada vez mais intensa no Rio, a violência também vem crescendo de forma alarmante na cidade. Com isso em vista, o humorista Léo Lins, do programa "The Noite com Danilo Gentili", resolveu criar uma promoção para seu show de comédia na cidade.
Quem for à bilheteria e apresentar um boletim de ocorrência por roubo neste mês de julho poderá comprar o ingresso da apresentação com desconto. Léo Lins está em cartaz até 30 de julho com o show "Bullying Arte", no Teatro Miguel Falabella, situado no Norte Shopping, subúrbio do Rio.
"Volta e meia eu via espectador falando que tinha sido roubado. Daí pensei na uma promoção para quem levar o boletim de ocorrência paga menos do que a meia", diz ele. A entrada normalmente custa R$ 60 e, nesta promoção, sairia por R$ 25.
"Lancei na internet a campanha. Muita gente me perguntou se era verdade. Sim, é verdade!", confirma o humorista.
Léo conta que já foi assaltado e sofreu tentativas de roubo nas cidades em que morou: Rio, Curitiba e São Paulo. "A primeira vez que vieram me assaltar eu tinha 12 anos, foi no Grajaú [Rio]. Levaram o relógio dos meus amigos, mas eu já tava sem. Aprendi cedo que não pode ter relógio", diz.
E ano passado, ele conta, furtaram o celular na capital paulista. "Passaram de bike e pegaram... Agora também já aprendi que celular é igual a telefone fixo: só deve usar dentro de casa", brinca ele, que parte com o stand-up para Brasília e, no fim do ano, traz o show a São Paulo.
CRISE NO RIO
O deficit nos cofres públicos do Estado do Rio de Janeiro já chegou a R$ 21 bilhões, gerando uma grande crise na política de segurança pública.
A taxa de crimes com morte violenta já é mais alta desde 2009, segundo informações do ISP (Instituto de Segurança Pública) —-na estatística são considerados homicídio intencional, roubo seguido de morte, lesão corporal seguida de morte e homicídio após oposição à intervenção policial.
A falta de dinheiro do Estado limita a contratação de policiais militares já aprovados em concursos, enquanto os contratados nem receberam o 13º salário de 2016 nem o adicional por atingir metas e pelo trabalho na Olimpíada.
Para tentar amenizar a situação, o governador Pezão conta com a ajuda de recursos federais com mil homens da Força Nacional e da Polícia Rodoviária Federal já reforçam a segurança do Rio de Janeiro.
O Ministério da Defesa também já colocou as Forças Armadas à disposição.
SERVIÇO
BULLYING ARTE, COM LÉO LINS
ONDE: Teatro Miguel Falabella - NorteShopping - Av. Dom Hélder Câmara, 5332 - Cachambi, Rio de Janeiro
DIAS: 28, 29 e 30 de julho
HORÁRIOS: sex. e sáb. às 21h; dom. às 20h
PREÇOS: R$ 60 (inteira); R$ 30 (meia); R$ 25 (com B.O.)
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade