Entre milhões de vítimas do Holocausto, Priska, Rachel e Anka atravessaram os portões de Auschwitz com um segredo em comum; grávidas, esperavam sobreviver aos horrores da guerra para conhecerem seus filhos e reunirem novamente suas famílias.
A inglesa Wendy Holden narra as três histórias de coragem e superação, mais de 70 anos após o fim da guerra, em "Os Bebês de Auschwitz", que chega às bancas no domingo (11) pela Coleção Folha Mulheres na Literatura.
Separadas dos maridos, as três jovens judias mentiram sobre a gravidez ao médico nazista Josef Mengele, o "Anjo da Morte", para serem enviadas a campos de trabalho forçado, à espera de um milagre, apesar do caos, fome e doenças ao redor.
A escritora Wendy Holden usa a experiência como jornalista do "Daily Telegraph", por 18 anos, para reconstituir com entrevistas e pesquisa a jornada dessas mães em uma escrita sensível.
A narrativa acompanha a vida delas desde as restrições impostas aos judeus, em 1938, quando constituíam famílias cheias de esperanças, até à batalha para darem à luz aos bebês nas instalações nazistas ao fim da guerra.
"As histórias individuais tornam palpáveis as múltiplas faces dessa tragédia e transmitem o grau de horrores que o esforço de historiadores nem sempre alcança," escreve Cássio Starling Carlos, na contracapa da edição.
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