Morre aos 62 violinista de jazz Didier Lockwood

Eclético e engajado na educação, músico francês teve uma parada cardíaca

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Didier Lockwood numa sessão de fotos em Paris, em maio de 2017 - Joel Saget/AFP
AFP | AFP

O célebre violinista francês de jazz Didier Lockwood morreu de ataque cardíaco neste domingo (18), em Paris, aos 62 anos, anunciou seu agente à AFP.

"Sua mulher, suas três filhas, sua família, seu agente, seus colaboradores e sua companhia fonográfica anunciam com pesar a morte brutal de Didier Lockwood", indicou o comunicado publicado por seu agente.

Lockwood, que era casado com a soprano francesa Patricia Petibon, havia participado de um show na noite de sábado (17) no Bal Blomet, uma sala de jazz parisiense.

O violinista foi um grande representante do jazz francês no exterior, com uma carreira em que deu cerca de 4.500 concertos e gravou mais de 35 álbuns.

Nascido em Calais, no norte da França, em 11 de fevereiro de 1956 em uma família franco-escocesa, este filho de um professor de música começou a aprender violino aos sete anos e se interessou muito cedo pelo improviso, graças ao seu irmão mais velho, Francis.

Aos 17 anos, Lockwood estreou no Magma, que então era o principal grupo de rock progressivo na França.

Em seguida, ocupou a cena musical por meio de vários encontros e projetos em diversos estilos: jazz fusion elétrico, jazz acústico, gipsy jazz e música clássica.

Criou duas óperas durante sua carreira, dois concertos para violino e orquestra, um concerto para piano e orquestra, poemas líricos e muitas outras obras sinfônicas, sem esquecer de músicas para filmes.

Lockwood também era muito engajado na educação musical. Autor de um método de aprendizado do violino para o jazz, criou em 2001 o Centro de Músicas Didier Lockwood, uma escola na qual se ensina o improviso, em Dammarie-les-Lys, perto de Paris.

Em 2006, entregou ao governo francês um informe sobre o ensino de música no país, no qual demonstrava preocupação com uma infância "formatada" pela tecnologia moderna e defendia um aprendizado da música, mediante uma maior oralidade e menos solfejo.

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