Coleção Folha apresenta 'A Flauta Mágica'

Adaptada para público infantil, obra de Mozart chega às bancas no próximo domingo (18)

Cristiane Martins
São Paulo
Montagem de 'A Flauta Mágica' pelo grupo La Fura dels Baus, no Teatro Real de Madri - Javier del Real/Teatro Real

O amor como fonte da vida, o confronto de opostos e a superação de perigos são os temas apresentados em "A Flauta Mágica", de Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791).

A obra é tema do quinto volume da Coleção Folha Óperas e Concertos para Crianças, que chega às bancas no próximo domingo (18). A adaptação ao público infantil mostra as óticas do bem e do mal.

Na história, o príncipe Tamino é salvo de uma serpente por damas que trabalham para a Rainha da Noite. Em retribuição, o jovem parte para salvar Pamina, filha da rainha que foi sequestrada. Ele ganha uma flauta mágica e a companhia do homem-pássaro.

O quinto volume da coleção é uma oportunidade de o leitor mirim conhecer a obra do artista, que começou a compor entre os quatro e os cinco anos, estimulado pelo pai.

Aos 11 anos, Mozart compôs seu primeiro concerto e, aos 16, foi contratado como violinista. Autor de mais de 600 obras, tinha 35 anos quando estreou "A Flauta Mágica", morrendo pouco depois.

O volume também apresenta atividades e explica a relação entre os trechos da trama com um CD gravado pela Orquestra Failoni (Budapeste), regida por Michael Halász.

"A Flauta Mágica", considerada uma de suas melhores composições, é apreciada pelas crianças por criar vários ambientes de significação com suas simbologias, personagens e pelas melodias acessíveis a todos os ouvidos.

"Como se a infância aumentasse no fim, esta é a mais infantil das suas obras", disse o escritor francês Pierre Jean Jouve (1887-1976).

A obra foi inspirada, entre outras fontes, no conto de fadas "Lulu ou a Flauta Mágica", do alemão Christoph Martin Wieland (1733-1813).

Tida como a primeira ópera alemã, ela tem em seu enredo passagens cômicas vindas do Singspiel —ópera-cômica alemã, com diálogos falados e músicas mais simples—, além de simbolismos da maçonaria.

A história de amor de Tamino e Pamina tem referências da época que foi composta por Mozart e escrita por Emanuel Schikaneder.

Sob influência do Iluminismo, a dupla discute a mão de ferro dos poderosos sobre o homem comum, representado pelo homem-pássaro e as trevas do absolutismo.

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