Quando o show do Imagine Dragons acabou, uma parte considerável do público da banda americana não correu para ver o Pearl Jam. Principalmente a parcela mais jovem saiu em disparada ao palco Onix, onde se apresentaria o DJ Kygo.

Assim que o show do produtor norueguês começou, o Lolla se transformou numa filial da Vila Olímpia, bairro de São Paulo com casas noturnas nas quais a música eletrônica impera. Kygo (pronuncia-se caigo) é o maior símbolo do tropical house, gênero recente de clima descontraído e cuja batida é menos acelerada —cerca de 100 batidas por minuto, em vez de 120, padrão da dance music.

O norueguês se apresentou do alto de uma estrutura cercada por três telões que exibiam animações gráficas à la Hans Donner. Quase todas as músicas eram permeadas por pirotecnias. Às vezes eram labaredas de fogo, noutras, jatos de fumaça ou fogos de artifício. Num momento, todas as opções foram acionadas ao mesmo tempo. A cada efeito visual, o público explodia em um forte "uhuuuuu!".

Kygo, rosto de menino e boné para trás, apresentou músicas próprias, como as parcerias que fez com Selena Gomez ("It Ain't Me"), The Night Game ("Kids in Love") e Conrad Sewell (no maior hit do produtor, "Firestorm"), e remixes de canções conhecidas, casos de "This Girl", de Kungs & Cookin' on 3 Burners, "Sweet Dreams (Are Made of This)", do Eurythmics, e "Sexual Healing", de Marvin Gaye.

O show termina em uma nova explosão, desta vez de papel picado. Aí sim muita gente correu para ver o final do show do Pearl Jam.