Tudo correu como deveria para a alegria de grifes, organização e atrizes a fim de um close. O pretinho básico, verniz político que tomou o tapete vermelho do Globo de Ouro, cedeu espaço no Oscar para o habitual desfile de tendências.
A campanha “Time’s Up”, que enlutou atrizes dois meses antes contra o machismo, só apareceu em poucos broches.
O protocolo deste ano pedia roxo, ou ultravioleta, como cravou a Pantone em sua lista de cores para 2018. Pedia ainda branco, vermelho e algum brilho prateado, como os desfiles de alta-costura mostraram no início deste ano.
A maioria das atrizes optou por longos fáceis dentro dessa paleta, com os braços livres, corte assimétrico e lisos, com poucas texturas. O conflito entre parecer “fashion” e bonita ao mesmo tempo resultou, como em outras edições, no “look” bonito na medida.
Mas há boas exceções. Emma Stone com seu conjunto Louis Vuitton composto por blazer, calça e laço amarrado na cintura prova que é possível fugir do visual baile de debutante. Proporções corretas e tecidos iluminados fizeram do “look” de trabalho uma opção para tapete vermelho.
Trajada com longo da Christian Dior, Jennifer Lawrence brilhou em excesso, pesou a maquiagem, fez dancinha e balançou a silhueta sereia da peça metalizada. A queridinha de Hollywood sabia que a ordem da noite era se mostrar.
Taraji P. Henson, de longo Vera Wang, descoloriu o mundo cor de rosa da Academia e vestiu preto –o dela era todo transparente e com fendas–, a atriz alfinetou o apresentador Ryan Secreast, do canal “E!”, acusado de assédio por uma ex-assistente.
“O universo dá um jeito de cuidar das pessoas boas. Entende o que digo?”, disse, com mão no queixo do entrevistador. Virou meme nas redes, algo que Hollywood parece esperar dos tapetes vermelhos.
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